MPF denuncia 19 pessoas pelo assalto ao carro-forte no Aeroporto de Caxias do Sul
Todos os envolvidos foram denunciados por latrocínio à Justiça Federal
Dezenove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal pelo assalto ao carro-forte nas dependências do Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul. Os envolvidos no crime foram indiciados por latrocínio, que é o roubo seguido de morte, de organização criminosa com uso arma de fogo, entre outros delitos. Treze dos denunciados estão presos, 12 cumprem prisão preventiva e um está em prisão temporária.
O crime aconteceu em 19 de junho e deixou um policial e um dos denunciados mortos. Segundo a denúncia encaminhada à Justiça Federal pelo MPF, integrantes de duas facções criminosas – o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Bala na Cara, do RS – associaram-se para executar uma das maiores operações criminosas da história do Rio Grande do Sul: o latrocínio de R$ 30 milhões, transportados por via aérea desde o Paraná, no momento em que os valores seriam descarregados da aeronave para um carro-forte na pista do aeroporto.
Os procuradores da República que assinam a denúncia do MPF explicam que o plano dos criminosos era entrar no aeroporto com veículo disfarçados de viaturas da Polícia Federal, e, com armas de fogo de padrão militar, forçar o rendimento da equipe de segurança antes que os valores fossem transferidos ao carro-forte. Durante o assalto, porém, policiais militares e seguranças reagiram e houve troca de tiros, resultando na morte de um dos criminosos e de um policial militar. Outro segurança que protegia o desembarque do dinheiro também foi baleado na perna, mas sobreviveu. O grupo conseguiu levar R$ 14,4 milhões.
Além dos crimes de latrocínio e organização criminosa, 14 dos envolvidos também foram denunciados por posse de arma de fogo de uso restrito, por explosão, expondo a risco a vida de outras pessoas, por uso de sinal público falsificado, ao adesivar veículos utilizados no crime com símbolos da Polícia Federal e por adulteração das placas de veículos. Um dos denunciados também foi acusado por comunicação falsa de crime.
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