As faltas injustificadas cometidas por médicos servidores do município de Caxias do Sul no período de 1º a 31 de março deste ano serão descontadas no contracheque deste mês de abril. Ao todo, nesse intervalo de tempo, foram 1.470 faltas não justificadas. Conforme registros da Secretaria Municipal de Recursos Humanos e Logística (SMRHL), essas ausências partiram de 105 médicos. No total, o município descontará R$ 409.787,11 da folha de pagamento desses profissionais.

Nesta quarta-feira, 26, com base no Estatuto dos Servidores, o prefeito Daniel Guerra também solicitou à Procuradoria e à SMRHL a abertura de processo administrativo disciplinar a quem não comparecer ao trabalho desta semana em diante, tendo em vista que qualquer greve feita pelos médicos sem que haja o comunicado do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) é considerada ilegal. Tal orientação do prefeito segue decisão da 5ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul, que reconhece, de modo expresso, a legitimidade exclusiva do Sindiserv para representar a categoria.

Nessa decisão, cujo conteúdo foi comunicado ao município pelo Ministério Público do Trabalho na última quinta-feira, 20, o juiz do Trabalho Valtair Noschang determinou que, sob pena de multa, o Sindicato dos Médicos deve se abster "de representação da referida categoria profissional em movimento paredista junto ao município de Caxias do Sul". Noschang avalia como abusiva e ilegal a conduta do Sindicato dos Médicos em promover a paralisação da categoria.