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Com uso de armadilhas, Caxias do Sul ganha novo tipo de monitoramento do mosquito da dengue

por Daniel Lucas Rodrigues

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) está utilizando a metodologia de ovitrampas, para analisar a circulação do inseto nas regiões da cidade

Foto: Divulgação

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) adotou o uso das armadilhas do tipo ovitrampas como medida adicional para auxiliar no monitoramento do mosquito da dengue em Caxias do Sul. A medida está em funcionamento desde julho e consiste em pequenos recipientes plásticos com atrativos para o mosquito transmissor. Elas são instaladas em imóveis em todas as regiões da cidade e monitoradas pelos agentes de combate às endemias da Vigilância Ambiental em Saúde.

O recipiente é um pequeno vaso que leva água, uma palheta de madeira e um atrativo à base de levedo de cerveja para atrair o mosquito Aedes aegypti. A armadilha é colocada em locais estratégicos como garagens, pátios, áreas cobertas e outros preferencialmente abertos, onde o agente observa mais possibilidade de circulação do inseto. Após uma semana, toda a armadilha é recolhida para análise em laboratório em busca de ovos ou larvas do Aedes.

O processo é realizado uma vez ao mês. Das 77 armadilhas analisadas em julho e em agosto, em nenhuma foi identificado foco do Aedes aegypti. Conforme o diretor técnico da Vigilância, Rogério Poletto, isso já era esperado em função da menor circulação do mosquito nessa época do ano. Para setembro já são 203 armadilhas.

 “Essa metodologia de monitoramento da presença de Aedes aegypti com o uso das armadilhas tipo ovitrampas é complementar às demais atividades já desenvolvidas pelo setor, como as visitas presenciais nos imóveis, feitas pelos nossos agentes, o monitoramento em pontos estratégicos cadastrados e os levantamentos rápidos dos índices de infestação realizados quatro vezes por ano. Mas salienta-se que este monitoramento não substitui a fundamental e necessária participação da população em eliminar qualquer possível criadouro, seja nas suas residências, nas suas empresas, terrenos baldios e em outros locais de circulação da população”, explica Poletto.

Neste ano foram identificados 814 focos do mosquito transmissor da dengue, todos já eliminados pelos agentes de combate às endemias.

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