Câncer de boca pode ser confundido com problemas de saúde bucal, alerta médico
Baixar ÁudioMaio é o mês dedicado à conscientização para o assunto
Foto: Divulgação
O câncer bucal pode surgir de maneira silenciosa e, por isso, merece atenção, principalmente porque boa parte dos óbitos ocorre pela demora no diagnóstico. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima mais de 15 mil novos casos a cada ano, sendo cerca de 10 mil apenas em homens. Para alertar a população sobre o tema, o 31 de maio é lembrado como o Dia Estadual de Combate ao Câncer de Boca no RS e Dia Mundial Sem Tabaco.
De acordo com o cirurgião de Cabeça e Pescoço Dr. Claurio Roncuni Ferreira, integrante da Oncoclínicas RS, o câncer de boca se apresenta como uma ferida, muito semelhante a uma afta, que não cicatriza e que possui crescimento progressivo. Em casos avançados, o paciente poderá apresentar sintomas como dor, dificuldade para mastigar e engolir e ínguas no pescoço.
Os principais fatores de risco são: tabagismo, alcoolismo, trauma crônico na cavidade oral causado por líquidos extremamente quentes ou próteses dentárias mal ajustadas, HPV e idade avançada. Lembrando que a exposição solar é risco para o câncer de boca no lábio.
Entre as formas de prevenção estão não fumar, revisar com o odontologista o ajuste de próteses dentárias, vacinar população infantil para o HPV e cuidados com a exposição solar.
O diagnóstico pode ser realizado através do exame clínico, mas para que o câncer seja de fato confirmado, é necessário biópsia. O tratamento é cirúrgico, sendo feito pelo cirurgião de cabeça e pescoço. Em casos avançados, o paciente poderá realizar radioterapia e quimioterapia após a cirurgia.
Confira a entrevista em áudio com o médico cirurgião ao programa Temática hoje.
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