Unidos Contra o Colapso: o movimento que usa as redes sociais para mostrar a realidade das UTIs no RS
Iniciativa, que começou em Porto Alegre, conta o cotidiano da Covid-19 nos hospitais gaúchos pelo Instagram e Facebook. Agora, movimento possui apoio de profissionais de outros estados
Há três semanas um grupo de profissionais da saúde de Porto Alegre usam as redes sociais como uma oportunidade de conscientizar as pessoas sobre os cuidados e os perigos da Covid-19. Chamado de “Unidos Contra o Colapso”, o movimento conta a realidade da pandemia de dentro dos hospitais e apresenta o cotidiano das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) das instituições. A internet foi um meio para divulgar campanhas contra as aglomerações e festas clandestinas, além de mostrar depoimentos de médicos que trabalham na linha de frente.
A iniciativa veio pelo publicitário Eduardo Corrêa da Silva, com apoio de seu sócio Alessandro Irigoyen da Costa. Eles fazem parte de uma empresa que organiza congresso para médicos. A atuação na área influenciou para a rápida adesão de profissionais da saúde de hospitais públicos e privados, dirigentes de instituições de saúde, pesquisadores e profissionais ligados à categoria. Uma dessas pessoas foi a médica das UTIs do Hospital Conceição e do Hospital de Pronto Socorro (HPS) da capital, Luciana Caccavo, que está desde o início do projeto. Para a Tua Rádio São Francisco, ela conta que a mobilização é apolítica e só quer apresentar que para evitar mais mortes por coronavírus ou por falta de atendimento nas UTIs basta usar máscara, respeitar o distanciamento social e usar frequentemente o álcool em gel. A ideia também é mostrar que dá para salvar vidas com esses três atos simples.
O movimento ganhou bastante força nas redes sociais. O Instagram (unidoscontraocolapso) possui 34,4 mil seguidores e o Facebook (Unidos Pela Saúde, Contra o Colapso) tem 824 curtidas. Com isso, profissionais de outros estados e países entraram na iniciativa e se intensificou a participação de mais setores da sociedade. Fazem parte jornalistas, filósofos, professores, entre outras categorias. Luciana acredita que a criação dessa rede de apoio é fundamental para disseminar as informações sobre as precauções a realidade da Covid-19 em cada lugar. Ela afirma que estão procurando apresentar o dia a dia por postagens para que muitos não precisem vivenciar a dor de perder um ente para a doença.
Ela ressalta que participar do projeto renova as energias para continuar lidando com os atendimentos na UTI. É uma forma de não se sentir sozinha nessa luta diária contra a Covid-19, mesmo com pessoas contrariando as medidas de segurança para a saúde.
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