Você está ouvindo
Tua Rádio
Ao Vivo
00:00:00
Igreja no Rádio
05:00:00
 
 

“O sistema está praticamente colapsado”, diz diretor técnico do Hospital Pompéia sobre atendimento da instituição

por Daniel Lucas Rodrigues

Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, Thiago Passarin afirmou que o hospital passou pelo pior momento da pandemia da Covid-19 nessas últimas 48 horas, devido ao aumento de internações e escassez de leitos

Foto: Divulgação/Andréia Copini

A Covid-19 avança por Caxias do Sul neste mês de dezembro. Segundo o painel de monitoramento da Prefeitura, a cidade registra 87% de ocupação nos leitos privado de UTI Adulto e 91% nos leitos UTI Adulto SUS até a tarde desta segunda-feira (14/12). O Hospital Pompéia é um dos mais atingidos com o aumento desse tipo de internação no município.

A instituição contabiliza 110% dos leitos privado ocupados, o que dá 11 hospitalizados para 10 leitos disponíveis no momento. Sobre os pertencentes ao SUS, o percentual é de 96% de ocupação. Isso reflete em 26 internados para 27 leitos livres. Os números preocupam o diretor técnico do hospital, Thiago Passarin. Ele ressalta que este é o pior momento da pandemia na cidade. “O momento é muito crítico, certamente o pior momento desses últimos nove meses passamos nessas últimas 48 horas, onde se tem uma escassez de leitos e o sistema está praticamente colapsado. O número de internações por pacientes com Covid-19 não para de crescer. (...) Neste momento, não disponho de nenhum leito para pessoas com Covid-19”, acrescenta.

Passarin afirma que o Pompéia não possui estrutura para abertura de novos leitos. A justificativa é que falta estrutura física e de pessoal, como médicos e técnicos de enfermagem. Ele afirma que estão fazendo o possível para atender a demanda com os 27 leitos da instituição. “Na tentativa de diminuir a circulação de pessoas e de ter uma maior quantidade de leitos para futuros pacientes, suspendemos hoje todas as cirurgias eletivas que demandem internação hospitalar, sejam elas em leitos de enfermaria ou de UTI. Manteremos as cirurgias ambulatoriais e de urgência e emergência.”, explica.

Ele pede a colaboração da comunidade caxiense para conter ainda mais o crescimento da doença na cidade. Passarin acredita que as pessoas “abandonaram as medidas restritivas e o uso de máscaras”. Essas duas ações fazem grande diferença no combate ao vírus. O diretor do hospital reforça que “ou a população se conscientiza ou o que a gente verá nos próximos dias será cenas muito tristes, com pacientes falecendo por falta de atendimento.”. “Eu peço que as pessoas atentem para o distanciamento social e para o uso das máscaras. Do contrário, vamos ver cenas que ocorreram na Europa e em outras cidades do nosso país. É muito triste, porque não poder tratar um paciente adequadamente ou ter que escolher pessoas que serão atendidas não é uma situação que queremos passar. Tudo depende unicamente da população, para entender a dinâmica de transmissão desse vírus e para proteger o seu próximo.”, apela.

Clique AQUI e confira a entrevista completa.

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio

Enviar Correção

Comentários

Newsletter Tua Rádio

Receba gratuitamente o melhor conteúdo da Tua Rádio no seu e-mail e mantenha-se sempre atualizado.

Leia Mais