Secretária da Saúde confirma abertura de credenciamento para a gestão das UPAs de Caxias do Sul
Em depoimento à CPI do Legislativo, nesta sexta-feira (10/11), Daniele Meneguzzi também admitiu que ainda não há definição sobre o atendimento materno-infantil
A abertura de credenciamento de entidades interessadas na gestão das unidades de pronto atendimento (UPAs) Central e da Zona Norte, em Caxias do Sul, foi comunicada aos vereadores, pela secretária municipal da Saúde, Daniele Meneguzzi, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, nesta sexta-feira (10/11).
A secretária informou que o edital, lançado na quinta-feira (09/11), pretende registrar possíveis instituições que venham a gerenciar as UPAs. Segundo Daniele, o cadastro terá validade por um ano. Mesmo assim, em paralelo, estão sendo renovados os contratos vigentes, cujos encerramentos serão no dia 31 de dezembro.
De acordo com a secretária, se não houver tempo hábil para colocar novas gestoras nas unidades até o final do ano, a renovação contratual, mesmo que temporária, garantirá a manutenção dos serviços. Atualmente, a UPA Central encontra-se licitada para o Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSaúde) e a UPA da Zona Norte, conveniada com a Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), no formato de planos e metas.
Diante do fechamento da unidade materno-infantil do Hospital Pompéia, ao término de 2023, a secretária admitiu que ainda não existe definição sobre quem absorverá a demanda. Mesmo assim, sustentou que os nascimentos permanecerão em Caxias do Sul.
Daniele afirmou que esgotará as tentativas por acordo amigável que viabilize a sequência dos serviços no Pompéia, para onde, por mês, o município destina R$ 530 mil, só para a maternidade. Reconheceu que, se ocorrer a substituição por outro órgão hospitalar, a despesa mensal tenderá a subir consideravelmente.
A secretária afirmou que, ao longo do ano, vem mantendo contato com os hospitais do Círculo e Virvi Ramos. Ambos sustentaram que adaptar a própria infraestrutura para o materno-infantil requer investimentos específicos. Daniele relatou que, no caso do Virvi Ramos, o montante estimado é de R$ 2 milhões.
Em audição na CPI, no dia 30 de outubro, a superintendente do Pompéia, Lara Sales Vieira, descartou qualquer chance de rever o fim da maternidade, marcado para 31 de dezembro deste ano. Naquela oportunidade, a superintendente também afirmou que repassaria a aparelhagem da maternidade a quem assumisse a especialidade.
Agenda da CPI da Saúde:
13/11 (segunda-feira) – 9h – Reunião Ordinária;
13/11 (segunda-feira) – 14h – Oitiva com Ivete Borges – ex-diretora-geral da UPA Central;
14/11 (terça-feira) – 14h – Oitiva Silvana Piroli – presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv);
16/11 (quinta-feira) – 14h – Marlonei dos Santos – presidente do Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul.
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