Diante do aumento da circulação de morcegos neste período do ano, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) alerta a população para que evite tocar nesses animais, que são transmissores do vírus da raiva. Embora não haja registro de casos da doença em humanos desde a década de 1980 no Rio Grande do Sul, os cuidados devem ser mantidos e evitar o contato com morcegos é um deles.

O médico veterinário Rogério Poletto, diretor técnico da Vigilância Ambiental em Saúde, explica que os morcegos são mamíferos cuja atividade aumenta na primavera e no verão. Por isso, eles se tornam mais visíveis nesta época do ano. Neste ano, Vigilância capturou 18 morcegos que estavam fora de seu hábitat natural ou em situação anormal, como caídos em ruas ou pátios, dentro de residências ou que tiveram contato com pessoas ou cães e gatos (caçados por esses animais). Todos foram encaminhados ao Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, em Eldorado do Sul, laboratório estadual referência em raiva.

Em todo o ano passado foram capturados 63 morcegos nessas condições e, em 2021, 36. Em 2022 houve a confirmação de um caso de raiva em morcegos e, em 2023, até o momento, nenhuma confirmação dentre as seis amostras que o laboratório já analisou.

A Vigilância Epidemiológica orienta, ainda, que pessoas que tiverem qualquer contato com morcegos devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para tratamento preventivo contra a doença. O risco de transmissão da raiva pelo morcego e por outros animais silvestres é sempre elevado, por isso, qualquer contato com morcegos ou mordeduras de outros animais deve ser notificado a uma UBS imediatamente.

Fique atento

Situações anormais que devem ser comunicadas para que a Vigilância Ambiental em Saúde faça a coleta do morcego para análise:

- morcegos realizando voos diurnos (o animal saudável tem hábitos noturnos)

- morcegos caídos no chão, em sacadas, pátios ou dentro das residências (quartos, banheiros…)

- morcegos que tiveram contato com cães ou gatos (caçados por esses animais) ou com humanos

Como proceder:

- não toque no morcego

- coloque um balde, toalha ou caixa sobre ele, para que o animal não escape até a chegada da equipe da Vigilância

- contate a Vigilância Ambiental em Saúde pelo telefone 3901-2503

Orientações

- Para orientações gerais, o contato é via Alô Caxias (156)