Bispo acredita que o Sínodo da Amazônia será um momento para diferenciar a lei brasileira do verdadeiro valor de justiça
Baixar ÁudioO encontro dos bispos ocorre em outubro deste ano
Hoje, residente em Vacaria, o Bispo Emérito de Joaçaba (SC), Dom Osório Bebber, disse durante entrevista à reportagem da Tua Rádio São Francisco, de Caxias do Sul, que o Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, que acontecerá de 06 a 27 de outubro, em Roma (Itália), será um dos grandes momentos do pontificado de Francisco.
Conforme o bispo, se cria com facilidade uma certa confusão na defesa da lei sem se pensar na justiça. Nesse sentido, segundo ele, é que o Sínodo vai aprofundar e tem como objetivo fundamental, trazer para a sociedade brasileira a discussão que não basta só termos leis, é preciso cumprir a justiça, especialmente, diante dos povos indígenas e ribeirinhos. No caso da Amazônia, essa parcela da população sofre diante de decisões equivocadas que, na maioria das vezes, partem do poder de homens que eram como seres humanos e gestores da lei e da política: “A gente sabe que muitas leis são construídas pelos humanos e isso faz com que elas se tornem imperfeitas ou até injustas. Então, o que o Sínodo tem como fundamental é fazer perceber que não basta só a lei, é preciso colocar o valor mais fundamental que é a justiça”.
Dom Osório diz que a Igreja precisa com toda a força agir em favor do povo e dos pobres, mesmo que seja contestada, em muitos momentos. De acordo com o bispo, é preciso defender acima de tudo, a verdade. “Muitas pessoas as pessoas perguntam com o que a igreja tem para contribuir? Como que a dizer que os homens, as Igrejas não tinham sabedoria necessária para fazer uma análise da realidade pra buscar a verdade, a justiça e o bem comum. Por isso que agora os governos não gostam quando a igreja realiza o Sínodo da Amazônia, por exemplo. Tudo isso dá a impressão que a igreja não tem com o que contribuir porque não faz parte do seu setor. Mas, é muito mais importante dispor da verdade, do conhecimento e do bem que parte de uma análise científica daquilo que é realidade naquelas regiões”.
Ouça a entrevista completa no link acima da foto.
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