Liturgia para 8º Domingo Comum
Roteiro de celebração para o dia 03 de março
“Somos que cultivamos em nosso coração”
ACOLHIDA
Animador: Queridos irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Nossa vida deve ser como uma frondosa árvore que dá bons frutos e acolhe, com sua sombra de paz, a quem de nós se aproximar. Estamos aqui para celebrar o amor de Deus que nos mostra que Jesus é a árvore boa que dá bons frutos. Cantemos.
ATO PENITENCIAL
Animador: Peçamos perdão pelas vezes que nossas palavras a atitudes agem como espinhos prejudicando a alegria, a paz e a unidade que deve existir na experiência da fé. Cantemos.
HINO DO GLÓRIA
Animador: Celebremos o amor de Deus que oferece seu próprio Filho Jesus ao sacrifício da cruz para nos mostrar sua força e sua vitória sobre a morte. Louvemos, cantando.
LITURGIA DA PALAVRA
Animador: Sentados. Acolhamos as mensagens bíblicas deste domingo que nos adverte das muitas palavras dos falsos profetas dos nossos dias e, em contraponto, proclama a verdade nas palavras de Jesus, como a árvore da vida nova. Ouçamos
1ª Leitura: Eclo 27,5-8
2ª Leitura: 1Cor 15,54-58
Evangelho: Lc 6,39-45
REFLEXÃO
- A liturgia desse domingo nos convida a olhar para dentro de nós mesmos, avaliar quem somos nós de fato; como procedemos e como andam nossas ações, para, assim, podermos ajudar melhor os outros. O convite é para mergulharmos nas profundezas do nosso interior e ver o que há dentro de cada um de nós: tesouro ou lixo? O que encontrarmos, precisamos colocar para fora. Os tesouros para servirem aos outros, e o lixo para ser eliminado, destruído ou reciclado. Além disso, a leituras nos ajudam a avaliar o ser humano não a partir das aparências, mas do interior e de atos concretos, pois eles revelam o ser de cada um.
- A primeira leitura, do livro do Eclesiástico nos traz “regras de ouro” para o conhecimento do ser humano. Não é tão simples conhecer as pessoas, pois as aparências nem sempre correspondem à verdade. Quando o texto diz que “sacudindo a peneira, ficam os restos”, nos mostra que com o passar do tempo, com o desenvolver de uma situação, é que vamos conhecendo quem é uma pessoa, e também vamos revelando quem nós somos. A função da peneira é peneirar, selecionar, separar a boa semente da semente estragada, ou o fruto bom do fruto estragado. Assim é também com a vida, vai “peneirando”, “filtrando”, selecionando as coisas. Nada como o tempo para esclarecer fatos e pessoas. O texto diz mais: “quando a pessoa discute, aparecem seus defeitos”. Ou seja, de boca fechada, um tolo, um mito pode se passar por sábio, porém, quando ele fala, revela quem realmente ele é. É num debate, numa discussão que vamos conhecendo o grau de capacidade que uma pessoa tem. “O forno prova o vaso do oleiro, e a prova do homem está no seu raciocínio”. Nas relações sociais é a mesma coisa. A discussão é um procedimento revelador, como é revelador uma árvore com seus frutos. “O fruto de uma árvore mostra como ela foi cultivada, e a palavra revela o íntimo do homem”.
- Através da fala, do diálogo, nós vamos descobrindo, conhecendo o ser corruptível que habita em nós e no outro, para podermos nos revestir de incorruptilidade e ajudar o outro a fazer o mesmo. O Apóstolo Paulo pede que sejamos firmes, inabaláveis, nos esforçando sempre para fazermos progressos na obra do Senhor, pois todo esforço, toda fadiga não é em vão para Deus. É preciso mudar a mentalidade para podermos renovar a nossa Igreja, nossas paróquias.
- O evangelho segue nessa mesma linha de raciocínio, mostrando que se nós queremos ajudar os outros é preciso que estejamos aptos a isso, e essa aptidão se dá pela avaliação e correção de nossas próprias ações e condições, pois “um cego não pode guiar outro cego”. Antes de apontarmos os defeitos dos outros, precisamos corrigir os nossos. É muito mais fácil e cômodo ver e apontar as falhas alheias e julgá-las do que ver as nossas próprias falhas e corrigi-las. Jesus pede: “tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então enxergará bem, para tirar o cisco do olho do seu irmão. Nós mostramos quem somos não pelo que apontamos nos outros, mas pelo que revelamos em nossa fala e em nosso proceder. Uma árvore é conhecida pelos seus frutos. Nós nos deixamos conhecer pelo que fazemos.
- O nosso coração é como um recipiente onde se guardam os “tesouros” que possuímos. Quem possui coisas boas no coração tira dele coisas boas; quem guarda dentro de si coisas más só pode tirar coisas más. Uma pessoa com bondade no coração revela isso no seu falar, pois, “a boca fala daquilo que o coração está cheio”. Com essa expressão final do evangelho, entendemos melhor o que diz a primeira leitura: “o falar prova quem são as pessoas”. Sejamos, portanto, pessoas que falam das coisas de Deus, de coisas boas, e deixemos de lado as fofocas, a maledicência e as palavras que não edificam.
PRECES DA COMUNIDADE
Animador: Supliquemos, com confiança, a Deus Pai que nós dá a certeza da vitória sobre a morte, rezando após cada prece: Senhor, atendei nossa prece!
- Pelo Papa, Bispos e Sacerdotes, para que saibam anunciar a mensagem de Jesus sendo os profetas dos nossos tempos, rezemos.
- Pelos leigos, envolvidos nos serviços pastorais, tenham palavras e ações coerentes com os ensinamentos do evangelho, rezemos.
- Pelas nossas famílias, para que exista um verdadeiro espaço de crescimento e ajuda mútua na superação das dificuldades, rezemos.
- Para que cada um de nós possamos partilhar as “coisas boas do tesouro dos nossos corações”, rezemos.
OFERTÓRIO
Animador. Coloquemos, junto ao pão e ao vinho que serão oferecidos e se tornarão o corpo e o sangue de Cristo, a disposição de nos transformar para que sejamos reconhecidos pelos bons frutos. Cantemos.
COMUNHÃO
Animador: A eucaristia é o memorial da vitória de Cristo sobre a morte. Vivamos esta experiência de plenitude, de superação, de encontro com o bem supremo que é Jesus. Cantemos.
Equipe de elaboração: Adélia Fontana, Ana Maria Poletto de Oliveira, Daiane Gaiardo, Geni Onzi Isoppo, Ofélia Quissini e Frei Carlos Raimundo Rockenbach
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