DÉCIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 07/07/2024

A sabedoria de Jesus desperta admiração e espanto em sua gente.

ACOLHIDA

Animador: Estimados irmãos e irmãs em Cristo, Paz e Bem! A liturgia deste domingo revela que Deus continuamente chama pessoas para serem no mundo, testemunhas do seu projeto de salvação. Sua força se revela através de instrumentos humanos que o próprio Deus escolhe e envia. Ao nos reunirmos em celebração, tornamos nossa vida motivo de louvor a Deus que conta com cada um de nós. Iniciemos nossa celebração, acompanhando a procissão de entrada, cantando.

ATO PENITENCIAL

Presidente: Reconheçamos ser pecadores e invoquemos com confiança a misericórdia do Pai, cantando.

GLÓRIA

Animador: Glorifiquemos a Deus por nos ter dado Seu Filho Jesus, Filho de Maria, que se fez se encarnou, assumindo plenamente a condição humana.cantando.

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura: Ez 2,2-15

Salmo Responsorial: Os nossos olhos estão fitos no Senhor: tende piedade, ó Senhor, tende piedade!

Segunda Leitura: 2Cor 12,7-10

Evangelho: Mc 6,1-6

REFLEXÃO

- A dureza de coração é um dos grandes obstáculos para perceber e viver os milagres que Deus realiza entre nós todos os dias. Quem tem o coração duro é, geralmente, orgulhoso, arrogante, insensível, indiferente, prepotente, achando que Deus deve fazer as suas vontades.

- Na primeira leitura, da profecia de Ezequiel, Deus envia o profeta a anunciá-lo a um povo de coração duro. Deus faz do profeta um instrumento para amolecer o coração de um povo que ele ama, mas que ainda não percebeu o amor, por causa da dureza do seu coração. Hoje, as coisas não são muito diferentes. Há muita gente de coração duro, inclusive dentro das Igrejas. Gente que se fecha egoisticamente no seu mundinho e não consegue enxergar além do próprio umbigo, além daquilo que está à sua volta. É preciso quebrar a crosta dura que envolve o coração, ampliar os horizontes, enxergar mais longe, no sentido de não julgar pelas aparências, ou simplesmente julgar as coisas ou pessoas, mas sim, sempre fazer o bem, viver a solidariedade, a misericórdia, a compaixão. Quando julgamos as pessoas, não temos tempo de amá-las, e quem não ama não pode enxergar Deus, porque Deus é amor.

- Deus pede que o profeta se coloque em pé para ouvi-lo. É a postura de prontidão para ouvir e obedecer a Deus. Muitos, particularmente, os que tem o coração endurecido, empedernido, não ouvem porque não abrem o coração a Deus para ouvi-lo. Os conterrâneos de Jesus não quiseram ouvi-lo, por isso ele não pode fazer milagres nesse lugar. Tanto o profeta Ezequiel, como Jesus, se depararam com um povo rebelde e incrédulo, que fechou o coração para a Boa Notícia trazida pelo profeta e, sobretudo, por Jesus. Por isso temos que levar Deus àqueles que ainda não acreditam nele, ou para aqueles que acreditam de maneira errada, equivocada, instrumentalizada, como se Deus fosse alguém a serviço dos seus interesses egoístas, de suas vontades. Há muitos que querem ser somente servidos por Deus, mas não são capazes de servi-lo nos pobres excluídos e descartados da sociedade, nos quais ele está presente de uma maneira particular. Esta é a nossa missão profética. O mundo precisa de profetas, de pessoas dispostas a fazer o bem, ajudar o próximo, lutar contra este sistema perverso que desumaniza e mata, a amolecer pela força do amor, os corações endurecidos dos que não conhecem ou manipulam a Deus.

- Jesus encontrou dificuldade de anunciar a Boa Notícia em Nazaré, sua terra. Embora falasse com sabedoria, encantando as pessoas com sua eloquência, não pode realizar aí nenhum sinal. Eles não deram credibilidade a Jesus porque conheciam sua família, e a família de Jesus era simples e pobre. Esse tipo de preconceito continua hoje. Muitas vezes, mesmo sendo pobre, despreza-se quem vem das classes mais baixas, das eternas senzalas, e só se dá credibilidade aos poderosos, influentes e ricos, que são o motivo de tanta miséria, desigualdade e sofrimento.

- O povo de Nazaré se questionava onde Jesus teria adquirido tanta sabedoria. Jesus adquiriu esta sabedoria passando por várias escolas. Primeiro, a Escola do Lar de Nazaré, tendo como grandes mestres Maria e José. Passou pela Sinagoga de Nazaré, onde aprendeu e aprofundou os conhecimentos sobre a Escritura; aprendeu muito na Escola da Vida, na Universidade do Cotidiano. Sabia tudo sobre a vida do povo, seu sofrimento, suas esperanças e, sobretudo, conhecia os mecanismos perversos do sistema que massacrava e explorava o povo. Mas a principal Escola foi a do Pai, com quem vivia sempre uma intimidade profunda. São quatro escolas indispensáveis para cada cristão: o Lar – Igreja Doméstica, a Comunidade - Igreja, a Vida Cotidiana, e sobre tudo o grande Mestre Jesus que só nos comunica tudo aquilo que ouviu do Pai.

PRECES DA COMUNIDADE

Presidente: Após cada pedido, digamos: Senhor, escutai-nos!

1 – Pelo nosso Papa Francisco, para que diante das dificuldades e oposição na sua missão de renovar a vida da Igreja, continue firme, imperturbável e ousado como Jesus, rezemos.

2 – Por todos nós, para que façamos de nossa família, comunidade, dos ensinamentos da Igreja e dos sinais dos tempos, sobretudo do Evangelho de Jesus Cristo, a nossa escola para respondermos com mais consciência e eficácia a nossa missão, rezemos.

3 – Por todos aqueles que atendem ao chamado de Jesus em nossas comunidades, para sejam sempre iluminados pelo Espírito Santo, acolhidos e incentivados por todo povo, rezemos.

4 – Pelos missionários do Dízimo e por todos os dizimistas, para que tenham consciência de que tudo o que somos e temos é dom gratuito de Deus, e saibamos ser agradecidos e generosos na partilha, rezemos.

OFERTÓRIO

Animador: Reconhecendo nossa fraqueza humana, junto com o pão e o vinho, colocamos sobre o altar nossas vidas cheias de esperança no Deus de todo bem, cantando.

COMUNHÃO

Animador: Precisamos redescobrir e identificar Jesus como Senhor da vida a cada encontro na Eucaristia, renovando nosso desejo em estabelecer com Ele profunda