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Antes mesmo da posse, Decotelli pede demissão

por Camila Agostini

Ministério da Educação está, novamente, sem titular

Foto: facebook.com/jairbolsonaro

Anunciado no dia 25/06 para assumir o cargo deixado por Abraham Weintraub, o agora ex-ministro da Educação, professor Carlos Alberto Decotelli, entregou nesta terça-feira, 30/06, sua carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. O pedido foi aceito pelo presidente. Apesar da nomeação ter sido oficializada, o professor não chegou a tomar posse.

Bolsonaro fez o anúncio do nome do novo ministro pelas redes sociais. A postagem dizia que Decotelli é “bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha".

Foram apontadas, porém, incoerências no currículo do novo ministro. O reitor da Universidade Nacional de Rosario, da Argentina, negou que Decotelli tenha obtido o título. A Universidade de Wuppertal informou que o ex-ministro não possui título.

Decotelli é o terceiro que passou pelo ministério desde o início da gestão de Bolsonaro. O primeiro, o colombiano Ricardo Vélez Rodriguez, ficou no cargo de 1º/01 a 08/04 de 2019. Deixou a função depois de envolver-se em alguns fatos polêmicos, como o que pediu às escolas que executassem o Hino Nacional, gravassem e lessem uma carta de sua autoria que continha o slogan da campanha de Jair Bolsonaro.

Velés  foi substituído por Abraham Weintraub, ministro de 08/04/19 a 19/06/20. Também Weintraub não ficou longe das polêmicas. Na reunião ministerial de 22/04, divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele chamava os membros da Corte de "vagabundos" e declarou que, por ele, os colocaria na cadeia.

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