Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (24), no Salão Nobre da Prefeitura, o prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra (PRB), falou sobre os temas que norteiam o poder público nas últimas semanas. Dentre estes temas, estão a greve dos médicos e o transporte coletivo da cidade.

Sobre a saúde pública, Guerra afirmou que a greve dos servidores é assegurada pela lei, desde que seja legal, porém, segundo o prefeito, a greve dos médicos de Caxias é ilegal, pois não foi comunicada previamente ao Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv), que é a entidade que responde pelos profissionais. De acordo com o prefeito, 1227 consultas deixaram de ser realizadas nas 47 UBS’s do município até a última quinta-feira (23). Guerra afirmou que 16 médicos já demonstraram o interesse de bater o ponto e cumprir a carga horária. Por esse motivo, o prefeito irá receber os médicos na próxima segunda-feira (27), às 17h30min, na Prefeitura, para discutir e apresentar propostas para a categoria. Ainda de acordo com o prefeito, qualquer aumento de salário está descartado.

Sobre o transporte público coletivo, Guerra voltou a afirmar que o serviço é obrigação da Visate, e que a paralisação ocorrida na última segunda-feira (20) foi negligente e irresponsável, o que, segundo o prefeito, caracteriza uma infração contratual gravíssima, já que a Prefeitura havia conseguido uma liminar que garantia 70% da frota em horários de pico e 40% nos demais horários. De acordo com Guerra, a atitude do Sindicato dos Rodoviários de Caxias do Sul em descumprir a liminar foi uma afronta à população e à justiça. Conforme o prefeito, a partir de agora, a prefeitura vai exigir a fiscalização dos serviços prestados pela Visate.

O Sindicato das Empresas de Fretamento de Caxias do Sul e o Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul (Sindilojas) emitiu um comunicado na tarde desta quinta-feira (23), informando que vai oferecer transporte gratuito em caso de nova paralisação do transporte coletivo de Caxias do Sul.