O governador Eduardo Leite (PSDB) manifestou nesta quarta-feira (17/03) a possibilidade do retorno da cogestão com os municípios gaúchos. O interesse foi apresentado em um vídeo publicado no site do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Segundo o Executivo, há uma série de indicadores da Covid-19 em análise que ajudarão na decisão final.

Em sua fala, Leite afirma que os dados sobre a pressão na capacidade hospitalar estão em queda. O estado teria chegado a registrar cerca de 350 leitos ocupados a mais por dia Em duas semanas de bandeira preta, a ocupação diminuiu para 16 leitos a mais diários. Além disso, a taxa de transmissão verificada em meados de fevereiro estava em torno de 2,35 e, agora, gira em torno de 1,4. Ele acredita que esses números apresentam uma baixa no contágio da doença. Se seguir por este caminho, haverá a volta da cogestão. Mesmo com uma possível redução, os prognósticos mostram que o alto número de óbitos seguirá nas próximas semanas.

O governador reforça a previsão é de que o Estado fique em bandeira preta, que representa risco altíssimo no modelo de Distanciamento Controlado, pelas próximas semanas. “A bandeira preta serve para alertar a população a respeito desse risco altíssimo que ainda vemos na nossa capacidade hospitalar. Ou seja, quem se contaminar neste momento ainda vai encontrar um sistema hospitalar bastante comprometido”, ressaltou.

A volta da cogestão regional será abordada em reunião do Gabinete de Crise, prevista para quinta-feira (18/3), e em reunião com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e com representantes de associações regionais. O encontro deve ocorrer na tarde de sexta-feira (19/3). A expectativa é que a cogestão seja retomada a partir de 22 de março.

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