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Prefeito de Caxias comenta sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff

por Ivan Sgarabotto

'Para o Brasil o que acontece hoje é muito ruim, e estão pensando mais no interesse de grupos, do que no coletivo', diz Alceu Barbosa Velho

Foto: Eduardo Borile

O prefeito de Caxias do Sul Alceu Barbosa Velho participou do programa 'Conectado' da Rádio São Francisco, na manhã desta quinta-feira, dia 14. Em entrevista concedida para o jornalista Evandro Fontana, o prefeito falou sobre a política nacional e os reflexos na cidade da crise política, além disso, ele comentou sobre o novo aeroporto de Caxias (Vila Oliva), o SIM Caxias e as dificuldades financeiras do município. (Acompanhe em áudio)

Alceu Barbosa Velho relatou sobre a viagem em Brasília nesta quarta-feira, 13, que foi para buscar informações sobre o andamento de dois projetos importantes para Caxias do Sul: o do Programa de Asfaltamento no Interior (PAI 3) que está na Secretaria do Tesouro Nacional e o do Aeroporto Regional da Serra Gaúcha na Secretaria Nacional da Aviação Civil. Ele acredita que dentro do mês de maio o projeto executivo esteja pronto. A reunião foi acompanhada por Eduardo Bernardi (que já esteve em Caxias) e Leonardo Cruz do setor de Aeroportos da Secretaria.

Segundo o prefeito, o clima em Brasília é tenso e ele tem a impressão que já jogaram a toalha sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Para o Brasil o que acontece hoje é muito ruim, e estão pensando mais no interesse de grupos, do que no coletivo".

O prefeito Alceu Barbosa também questionou a credibilidade de Eduardo Cunha, e diz que estão colocando o vampiro cuidando do banco de sangue, pois, não tem como comparar o currículo de Cunha, com o de Dilma Rousseff.

Alceu falou sobre o seu sentimento do processo de impeachment da presidente. "O meu sentimento é que o impeachment de Dilma Rousseff vai acontecer e o governo está perdido, pois não há outro caminho, a não ser a renúncia. O grande erro de Dilma foi tentar trazer o Lula para o seu governo. Ato de corrupção da Dilma não teve", explica.

Alceu Barbosa Velho diz que está muito preocupado em fazer gestão e por isso foi a Brasília para tentar resolver os problemas da cidade, e está dedicado nisso, por isso, este não  é o momento para falar sobre reeleição, por causa dos atuais problemas políticos no Brasil. "Estou preocupado com Caxias, porque sou o prefeito de Caxias", diz ele.

Ao ser questionado pelos ouvintes sobre o seu mandato, o prefeito de Caxias do Sul, disse que a eleição é agora dia 2 de outubro; "e se não está bom, se troca. A democracia é a alternância de poder", exaltou ele. "Desde 2014 não estamos contratado ninguém, a não ser médicos e professores", disse Alceu sobre o congelamento de salários dos CCs.

Durante a entrevista concedida para a Rádio São Francisco, Alceu Barbosa Velho, relatou que poderá haver uma reforma nas secretarias do governo, mas, ele não quis adiantar sobre quais secretarias podem ser juntadas futuramente. "Nós temos um projeto que estamos estudando e vai vir uma reforma considerável de secretarias e até mesmo junção".

No próximo sábado, dia 18 de abril, iniciam as operações do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM Caxias), e ele comentou sobre o programa. "Estamos debruçados sobre esta questão e a expectativa é muito grande. A mudança é muito grande e vai exigir uma paciência no comportamento das pessoas, e vai ser muito bom".

Alceu Barbosa diz que os políticos que tem problemas, é que vão enfrentar dificuldades com as eleições mais curtas neste ano. Em uma nova indagação de ouvinte, que disse que ele e o governador José Ivo Sartori deveriam ser cassados, o prefeito pediu para apontarem algum ato de desonestidade do seu governo. "Se apontar uma vírgula de um centavo que saiu do município de Caxias do Sul por qualquer ato de corrupção do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários, eu renuncio no outro dia."

Por fim, o prefeito de Caxias do Sul Alceu Barbosa Velho voltou a falar sobre o "vampiro cuidando do banco de sangue", sobre a crise política no país e o processo de impeachement da presidente Dilma Rousseff. "Eu vejo a questão do impeachment como irreversível".

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