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"Se trata, não há dúvida, de um crime político", diz presidente do PSOL sobre a morte de Marielle Franco

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

Os suspeitos do crime foram presos nesta terça-feira, no Rio de Janeiro

Foto: Psol / Divulgação

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou durante entrevista no programa Conectado desta quarta-feira (13) que a prisão dos suspeitos pela morte Marielle Franco, integrante do partido, e o motorista Anderson Gomes, traz um alento para quem clamou por justiça durante o último ano, mas ainda não é suficiente. “É muito importante que, além dos autores dos disparos que vitimaram a Marielle e o Anderson, as investigações também possam chegar aos mandantes do crime e principalmente às motivações”, disse Medeiros.

O presidente do PSOL também ressaltou que o partido tem diversos parlamentares no Rio de Janeiro, que exercem seus mandatos em meio a um cenário de medo e insegurança. “Por isso é muito importante que descubram quem foram os mandantes, porque se trata, não há dúvida, de um crime político”, pontuou. Ele ainda completou que os indícios levam a acreditar que as milícias estejam envolvidas no assassinato de Marielle e Anderson, pois essas organizações foram denunciadas pelo PSOL, no Rio de Janeiro. “Milícias são máfias de uma minoria de policiais corruptos, ora envolvidos com o tráfico de drogas ora com o tráfico de armas e que disseminam terror nas comunidades pobres do Rio”. Juliano ainda pontuou que deputado Federal Marcelo Freixo, que abriu uma CPI contra essas milícias, hoje precisa andar com escolta e carro blindado devido à iminência de um atentado. Ele também destacou que Marielle foi assessora do deputado quando ele ainda ocupava seu cargo na Assembleia Legislativa do Rio. Ainda conforme o presidente do PSOL, alguns dos integrantes das milícias são filiados à partidos políticos. (Ouça a entrevista completa no link abaixo da foto)

Durante a entrevista, Medeiros também comentou sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele criticou o posicionamento do presidente frente à oposição, além do fato de Bolsonaro e integrantes da base aliada relacionarem o atentado cometido contra o presidente durante ato de campanha, em Juiz de Fora (MG), ao PSOL. “O presidente da República não pode estimular o ódio na imprensa e achar que a oposição não pode exercer seu papel de oposição”, salientou. Medeiros finalizou dizendo que espera que os embates nos próximos meses a respeito de propostas como a reforma da Previdência revelem o caráter autoritário do governo e criem as condições para a reorganização de um projeto que seja de interesse da maioria do povo brasileiro. 

Entrevista completa no link abaixo da foto.  

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