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Relatório aponta falhas de gestão na Câmara de Vereadores

por Noele Scur

Falta de controle nos gastos com combustível e alto número de atestados médicos são alguns itens que precisarão de providências no legislativo

A assessoria contratada pela presidência da Câmara caxiense entregou um relatório com mais de 20 páginas ao presidente, Flávio Cassina (PTB), nesta semana. A reportagem da rádio São Francisco teve acesso ao documento que contém avaliações do funcionamento de todos os setores do legislativo. Desde o alto número de atestados por parte dos servidores da Casa até a falta de controle nos gastos com combustível são apontados no relatório.

O legislativo pagou cerca de R$ 5 mil à EJRoss Assessoria para ter um diagnóstico de gestão. A coleta de informações ocorreu nos dias 4, 5 e 6 de agosto e conforme, Cassina, a conclusão do estudo será apresentada aos vereadores da Mesa Diretora em reunião na próxima semana. Segundo ele, a data não está definida. “É preciso que tenhamos algo organizado. Há diversidade de pensamentos e até que isso se acomode temos que tomar medidas, às vezes, duras! Chamamos assessoria externa por ter uma visão de fora, que é mais isenta”, disse.

Conforme apuração da reportagem, há cinco anos, a presidência da Casa investiu R$ 89.440,00 com a contratação da empresa Efficace Ltda para implantar o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade, que previa efetuar resultados similares aos que a EJRoss apontou como falhos no último mês. Naquele ano, servidores foram capacitados com o valor de R$ 3.990,00 em cursos, mas, depois, a gestão seguinte não deu continuidade ao trabalho. Cassina deixa a presidência no final deste ano, mas garante que a intenção é que o trabalho de melhoria continue. “Eu não gostaria de tratar de coisas passadas. Esse trabalho teve resistência porque é normal em qualquer segmento. Há resistência das pessoas envolvidas, mas queremos dar um encaminhamento a curto, médio e longo prazo!”, disse.

Em 2014, a licitação para instalação do programa Legix custou cerca de R$ 400 mil aos cofres municipais. O Legix contém todo o trâmite das movimentações internas dos projetos de lei, entre outras proposições, mas é alvo de reclamações diárias. A empresa Di Uno era a responsável pelo suporte, mas não prestou serviços adequados e, por isso, foi desligada nos últimos meses. Uma nova licitação terá que ser feita para ‘perfumar’ o Legix, conforme explicações do presidente.

Além de muitos atestados, há servidores que deixam os setores em horário de expediente sem explicações. Cargos em comissão (CCs) têm alta rotatividade por conta da falta de preparo para atuar no legislativo. Quanto ao assunto, Cassina diz que os atestados estão dentro das normas e, por isso, não cabem julgamentos. Ele destaca que iniciou uma medida de controle de horas extras no início do ano e que, desde então, passaram a ocorrer somente com autorização prévia. Conforme o petebista, a economia representa 50% em horas extras.

Ainda conforme o relatório, as sessões plenárias transparecem desordem. É apontada a falta de conhecimento sobre o regimento pelos próprios vereadores. A sugestão da consultoria é oferecer treinamento aos parlamentares.

Goteiras e infiltrações no prédio permanecem sendo um problema, mas os ex-presidentes da atual legislatura – Edson da Rosa (PMDB) e Gustavo Toigo (PDT), não definiram a obra como prioridade. Neste ano, uma licitação foi aberta no valor de cerca de R$ 350 mil para reforma completa do telhado, mas não houve interessados.

Quanto ao combustível gasto pelos três veículos da frota (Vectra, Doblô e Cruze) não há controle interno. De acordo com o presidente, medidas sobre a maioria dos itens apontados serão tomadas até o final do ano. A partir de janeiro a presidência da Casa ficará com o PSB.

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