Impasses marcaram os bastidores na sessão plenária nesta quarta-feira, 09-12. A presidente da Associação dos Moradores Vila Esperança, Tatiane Duarte, foi ao legislativo solicitar espaço na tribuna para a sessão desta quinta-feira (10-12) porque pretende oficializar reclamação sobre o vereador Rafael Bueno (PCdoB). Os dois teriam discutido em uma ação comunitária no bairro no fim de semana, mas Tatiane afirma que sofreu discriminação racial e que teria sido empurrada. O vereador Rafael irá entrar com ação por dano moral, calúnia e difamação.

A decisão do presidente Flávio Cassina (PTB) foi de que os líderes de bancada são quem devem definir, mas no saguão ao lado do plenário, o vice-presidente da Câmara, Edi Carlos (PSB) defendeu que ela teria direito de ocupar a tribuna. O problema apresentado nos corredores do legislativo é de que Tatiane também é filiada ao PSB e deve concorrer novamente a vereadora. Ela também apresentou denúncia nas comissões de ética e direitos humanos da Casa.

O presidente das comissões, vereador Virgili Costa (PDT), explica que a ética é acionada em casos de prejuízo ao poder legislativo. "Vamos convocar a senhora e o vereador para que possam falar. Na comissão de ética só se encaixaria algo que viesse a desabonar o poder legislativo. Na de direitos humanos a denúncia pesaria mais!", disse à reportagem.

Pesam sobre Tatiane mais outros processos em que ela teria ingressado pelos mesmos motivos dos quais brigou com Rafael. Os ingressos judiciais são por ter sofrido racismo e violência. Dois homens, acusados em processos que ela ingressou, foram até a Câmara nesta quarta-feira para reiterar aos vereadores que Tatiane não teria razão na acusação a Bueno.