Pepe Vargas diz não entender troca de partido do vereador Kiko e afirma que mandatos pertencem às legendas
Ministro enfatiza que não existe mais clima para o Eduardo Cunha comandar a Câmara dos Deputados
Após a reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas, vai voltar à Câmara dos Deputados. Com as mudanças, a pasta se une com as secretarias de Mulheres e Igualdade Racial, e passa a ser comandada por Nilma Lino Gomes.
Em entrevista à Rádio São Francisco, na manhã deste sábado, Pepe Vargas falou sobre este e outros assuntos. Questionado sobre a postura de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, o ministro deu declarações fortes, sendo enfático ao afirmar que não existe mais clima para o peemedebista comandar a Casa. (Acompanhe em áudio)
Conforme Pepe, Cunha não poderia nem exercer o mandato e deveria ser julgado pelo Conselho de ética. O ministro reconhece, inclusive, que o parlamentar carioca foi um dos motivos da sua saída da Secretaria de Relações Institucionais, no início do ano.
Pepe Vargas avalia que a reforma administrativa, anunciada pelo governo nesta semana, vai ajudar na recomposição da governabilidade da presidente Dilma. No entanto, segundo o ministro, as mudanças mais significativas já foram feitas, com o corte de R$ 82 bilhões do orçamento.
O ministro ainda comentou sobre as questões políticas locais. Sobre a migração do vereador Kiko Girardi do PT para o PSD, Pepe Vargas disse não entender os motivos que levaram o parlamentar a tomar essa decisão. Citando a legislação eleitoral, Pepe defendeu que os mandatos pertencem aos partidos. Segundo o ministro, é preciso levar em consideração que ao trocar de legenda, o parlamentar fere a lei de fidelidade partidária.
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