"Precisamos falar sobre todos os tipos de violência doméstica"
Diálogo e fortalecimento das redes de apoio são as ferramentas de enfrentamento à violência, segundo Rogério Aguiar
Foto: Divulgação/Fundação Luterana de Diaconia
Ampliar o diálogo sobre as formas de se evitar a violência doméstica é objetivo de uma série de atividades que a Apae está realizando nesta semana, com o envolvimento de mais de 60 pessoas de toda a região. Desde a segunda-feira, 25/06, no auditório da Fabe Faculdade, estão sendo ministradas oficinas que focam o enfrentamento às situações que são classificadas como violência doméstica e familiar.
O assessor, Rogério Aguiar, da Fundação Luterana de Diaconia, explica que a intenção é fazer com que a problemática deixe de ser varrida para debaixo do tapete e comece a ser vista como uma questão de saúde pública. “O imaginário popular de que em briga de marido e mulher não se mete a colher, precisa ser abolido. Precisamos falar sobre violência doméstica, contra homens, mulheres, crianças, adolescentes, idosos e também do abuso sexual, que na maioria dos casos, acontece dentro da própria casa da vítima”, alerta ele, em entrevista para a Tua Rádio.
Para o professor, o diálogo tem que estar aliado com o fortalecimento das redes de apoio dos municípios. As capacitações, como estas que estão ocorrendo nesta semana, envolvendo profissionais de saúde, psicologia, assistência social, entidades e organizações de Marau, Nicolau Vergueiro, Camargo, Nova Alvorada e Vila Maria, precisam ser constantes, segundo Aguiar. “A violência tem que estar na pauta dos gestores municipais”, enfatiza ele. Ainda dentro da temática, na quinta, dia 28/06, será realizada uma palestra sobre as questões atuais e as fundamentações sobre a ofensa sexual, com Maria Cristina Milanez Werner, psicóloga especialista no assunto. Será às 13h, na Casa da Cultura.
E, por fim, entre os dias 02 e 04 de julho, o ginásio da Apae de Marau vai receber a mostra itinerante e interativa, Nem Tão Doce Lar. Trata-se de uma intervenção que retrata uma típica casa familiar, com informações e imagens que denunciam a violência sofrida por mulheres, crianças e jovens, em situações que muitas vezes passam despercebidas. A visitação pode ser feita das 8h30 às 16h30.
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