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Cerca de 64% dos jovens que cumprem medida socioeducativa em Caxias estão no mercado de trabalho

por Pablo Ribeiro

Atualmente, sete dos 11 jovens que cumprem medida na unidade de semiliberdade estão empregados

Foto: Freepik/Divulgação

O primeiro emprego tem sido a grande aposta para sete jovens que cumprem medida socioeducativa no Centro de Atendimento em Semiliberdade (Cas) de Caxias do Sul. Cerca de 64% da população atual da unidade está inserida no mercado formal de trabalho no município ou na região, ou seja, sete dos 11 jovens que cumprem medida na unidade de semiliberdade estão empregados.

Os números são reflexos das ações desenvolvidas com os socioeducandos durante o período em que estão na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase). Entre elas, destaca-se o projeto Ações de Empregabilidade na Semiliberdade, que, em 2023, possibilitou aos jovens a participação em diversas oficinas e atendimentos sobre mercado de trabalho e a busca pelo primeiro emprego. Como passo seguinte, participaram de etapas seletivas de entrevistas e, com o retorno positivo de contratação, os adolescentes foram encaminhados para os exames admissionais.

A diretora do Cas Caxias do Sul, Alexandra Bittencourt, destaca que as atividades externas dos adolescentes contam com o monitoramento da equipe da unidade, e o trabalho busca propiciar a reintegração social do jovem para a construção de sua cidadania.

A medida socioeducativa de semiliberdade possui características distintas da medida de internação, uma vez que o principal aspecto trabalhado é a potencialização das atividades fora do Cas.

Outra característica é a articulação com a rede socioassistencial do município, potencializando a participação dos diferentes agentes sociais necessários para o atendimento integral dos socioeducandos e suas famílias.

O principal objetivo da semiliberdade é proporcionar ao socioeducando espaços de desenvolvimento da autonomia responsável e da reflexão crítica sobre ações e circunstâncias cotidianas, tanto no que se refere ao ato infracional, quanto em relação às situações vivenciadas nos espaços de inserção na sociedade (escola, trabalho, família e comunidade).

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