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Prefeitura paga R$ 4 milhões para a Visate para normalização do transporte coletivo

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

Segundo secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade o valor é um aporte emergencial para repor perdas de arrecadação da empresa com a queda do número de passageiros

Foto: Divulgação / Arquivo Tua Rádio São Francisco

Após um dia conturbado para os usuários do transporte coletivo urbano de Caxias do Sul, devido à redução de 50% da oferta de ônibus por parte da empresa concessionária do serviço (Visate), a prefeitura convocou uma reunião com representantes da empresa. O momento foi mediado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS).

Da reunião, resultou o acordo para que o Município faça o pagamento emergencial de um subsídio no valor de R$ 4 milhões para a concessionária. Segundo o secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willenbring Júnior, o valor visa cobrir prejuízo do atual contrato. “Isso se refere a redução sobre o total previsto de passagens por dia no edital de licitação. No edital, prevíamos cerca de 120 mil passagens/dia e isso nunca chegou a se concretizar. Isso já vem deste o ano passado, quando os efeitos da pandemia trouxeram uma queda violenta no número de passageiros. A concessionária solicitou um reequilíbrio econômico financeiro do contrato e chegou-se a esse valor”.  O secretário não esclareceu de qual fonte sairá o valor, afirmando que esta decisão cabe à Secretaria de Gestão e Finanças.

A partir de segunda-feira (22), o Executivo e a concessionária, juntamente com o Conselho Municipal de Mobilidade, vão compor um grupo de trabalho para revisão do atual contrato e da tarifa do transporte público para o próximo ano. Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, Willenbring afirmou que uma das principais alternativas é a prefeitura garantir o subsídio para não transferir o aumento de custos do serviço para os passageiros. “O atual sistema de transporte tende a ter esse problema no próximo ano, porque ele é pago pelas pessoas que pagam a passagem. Tivemos o aumento de 70% dos combustíveis e uma redução do número de pessoas que pagam a conta que ficou maior, a tendência é a passagem ser maior. Sabemos que teremos uma revisão tarifária no início de 2022, então, a gente está sim pensando em um subsídio da Administração para o barateamento da passagem ou, no mínimo, manter como está”.      

 

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