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Maio Laranja: combate a violência sexual contra crianças e adolescentes

por Taliane Radaelli

Campanha faz referência à memória de Araceli Cabrera Sánchez Crespo, violentada e morta na década de 70

Foto: Divulgação

Sancionada em agosto de 2022, a Lei n° 14.432 institui a campanha Maio Laranja, como forma de prevenção e combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Além de incentivar um conjunto de ações, como iluminação de prédios públicos, veiculação de mídia educativa e cartilhas informativas, a campanha faz referência à memória de Araceli Cabrera Sánchez Crespo, violentada e morta na década de 70 - quando tinha apenas oito anos de idade. 

A violência sexual contra crianças e adolescentes 

Em entrevista para a Tua Rádio Alvorada, as conselheiras tutelares Valderose Orsatto e Neufandes Girardi, explicaram que o abuso sexual contra menores, vai muito além do que está explícito. Nem sempre a violência vai ser clara e de fácil entendimento para a vítima e a sua rede de apoio. 

Um exemplo disso, destacam elas, é a prática do toque indevido ou da exposição de cenas pornográficas para a criança. Sem idade e instrução suficientes para entender o comportamento do abusador, a vítima pode passar por diferentes situações de abuso que irão refletir na vida adulta. 

Além das situações camufladas, as crianças estão expostas ao estupro e exploração sexual. A segunda, caracterizada pelo oferecimento de presentes e dinheiro - reforçando a inocência e despreparo da criança para autodefesa e entendimento da situação. 

As conselheiras tutelares também reforçam algumas ações que parecem inofensivas, mas que podem trazer prejuízos para a formação da criança, como por exemplo, dormir diariamente no quarto e na cama dos pais. 

Denúncias 

Também integrantes do Conselho Tutelar de Marau, Rocheli Zanin e Elisa Orsatto, destacaram a importância de denunciar qualquer situação de abuso envolvendo crianças e adolescentes. 

Muitas vezes, explicam elas, os adultos deixam de relatar uma violência por medo das possíveis retaliações. O receio maior é da retirada da guarda da criança ou prisão dos responsáveis, procedimentos que só vão se confirmar se, de fato, for necessário para a segurança da vítima. As conselheiras reforçam que nenhuma atitude é tomada sem cautela e investigação. 

As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100 ou através dos próprios órgãos de segurança do município: Brigada Militar, Polícia Civil e Conselho Tutelar.

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