Serviço de assistência ao aleitamento materno é disponibilizado no Centro da Criança, em Marau
Baixar ÁudioDemanda cresce e mudanças são implementadas pela unidade para a oferta do serviço
Disponível desde a inauguração do Centro da Criança, em outubro de 2022, o serviço de assistência ao aleitamento materno é oferecido na Saúde Pública de Marau e tem mostrado demanda ampliada nos últimos meses.
Conforme explica a enfermeira Daniela Pavoni, consultora de amamentação, responsável pelo serviço, durante os atendimentos, são repassadas orientações sobre o desenvolvimento da mama no pré-natal, circunstâncias que podem impactar a produção de leite, além de instruções para correção de pega e desmistificação de mitos. “Mitos como o leite fraco, por exemplo. As mulheres produzem mais ou menos leite, mas não existe leite fraco”, esclarece Daniela.
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Por conta da procura aumentada pelo serviço, também a sistemática do curso para casais gestantes passa por mudanças. Desde novembro passado, os encontros são realizados a cada três meses, em três dias, com início no final da tarde, em modalidade intensiva.
“É preciso lembrar que a amamentação não é somente fisiológica. Trata-se de uma função biopsicossocial e requer uma postura pró-ativa da mulher, inclusive frente à decisão de querer ou não amamentar. Para tanto, é fundamentação que se possa contar com uma rede de apoio. Por isso as ações são realizadas com as gestantes/mães e também os companheiros”, destaca Daniela.
Esses números, de acordo com a enfermeira, estão atrelados a contextos mais ou menos favoráveis para a amamentação. Em função do fim da licença maternidade, em alguns casos, por exemplo, o afastamento entre a mãe e a criança pode impactar na produção de leite. “Por isso falamos da rede de apoio, que inclui as empresas, também, para que que mulher consiga prolongar a amamentação. Para tanto, indica-se que implantação da sala de amamentação que pode ser utilizada para que a mulher amamente seu filho ou para que ela faça a extração do seu leite para que seja armazenado”, ressalta Daniela.
A consultora lembra que, no Brasil, o aleitamento exclusivo nos primeiros seis meses ocorre em apenas 45% dos casos. Muito aquém da meta preconizada pela Organização Mundial da Saúde que, durante a campanha Agosto Dourado de 2023 incentivou a amamentação lembrando que, para 2025, o objetivo é ampliar esta taxa em 50%.
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