Alunos do Cristóvão de Mendoza, em Caxias, se mobilizam para limpar salas atingidas por alagamento após atos de vandalismo
Na madrugada de sábado (10), vândalos invadiram a escola, quebraram pias e arrancaram as torneiras dos banheiros e bebedouros, ocasionando o alagamento
Foto: Divulgação
Como se não bastasse os diversos problemas estruturais que enfrenta o Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, a escola agora teve que lidar com atos de vandalismo. Na madrugada do último sábado (10), vândalos invadiram a instituição após quebrarem uma vidraça. Como não conseguiram furtar objetos de valor, os criminosos quebraram pias e arrancaram as torneiras dos banheiros e dos bebedouros, ocasionando um alagamento no bloco A da escola.
Segundo a vice-diretora do turno da manhã, Karen Abreu de Oliveira, ao chegar à escola, foi informada pela diretora Roseli Bergozza de que havia um barulho de água no Bloco A. Quando elas chegaram ao local, se depararam com o alagamento. Inicialmente, as diretoras não desconfiaram de que aquela situação seria resultado de um vandalismo. “A gente começou a entrar nos banheiros e vimos que os canos que fazem a ligação das torneiras estavam arrebentados, mas não nos damos conta de que seria um ato de vandalismo. Fomos entrando nos outros banheiros e vimos que estavam arrancados também, então não podia ser somente a força da água. Quando olhamos pra baixo, vimos uma cuba das pias, que foi arrancada e jogada no chão. Então vimos que a coisa era diferente”, conta Karen.
Como o sábado era dia letivo na escola, estudantes e professores se mobilizaram para limpar as salas atingidas pelo alagamento. Com rodos e vassouras, eles fizeram uma verdadeira “força-tarefa” para garantir a limpeza e recuperação do local. As imagens do alagamento foram divulgadas na página da instituição em uma rede social. “Prontamente os alunos vieram ajudar. Pegamos rodos e vassouras das salas e começamos a fazer um mutirão para retirar a água e evitar que ela chegasse ao laboratório de informática, que fica no térreo do bloco. A altura da água estava entre 20 e 30 centímetros. Em pouco tempo a gente conseguiu retirar a água, e o laboratório não foi atingido. A gente tem que agradecer [os alunos]. Ainda bem que teve aula no sábado e a gente viu a tempo. Se a gente chegasse só hoje aqui, eu não sei como estaria a escola”, diz Karen.
Segundo a vice-diretora, os vândalos tentaram entrar no laboratório de informática, porém, não conseguiram. Ela constatou que a fechadura da porta foi forçada, mas acredita que eles não conseguiram entrar na sala porque o alarme disparou por volta de 3h40.
Para conter a água, algumas torneiras foram compradas em uma loja de materiais de construção, com recursos do Círculo de Pais e Mestres (CPM).
Essa não é a primeira vez que a escola sofre com atos de vandalismo. Conforme a vice-diretora, caso semelhante ocorreu há alguns anos. Apesar de o momento ser de tristeza, a vice-diretora agradeceu o espírito colaborativo e a solidariedade dos alunos. “Foi muito triste, mas a gente agradece o pessoal que se mobilizou e ajudou. Foi muito legal. É indignação e gratidão, ao mesmo tempo”.
Comentários