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Mais de 500 profissionais liberais encaminham carta ao Poder Executivo de Marau

por Ana Lúcia Jacomini

Estabelecimentos da área da beleza e estética estão impossibilitados de abrir em virtude das medidas restritivas da bandeira preta

Imagem Ilustrativa
Foto: Reprodução/EBC

O Governo do Estado, através do mapa do modelo de Distanciamento Controlado, colocou todo o território gaúcho em área de altíssimo risco de contágio ao coronavírus pelo menos até o dia 21 de março. Esta data foi informada pelo próprio governador, Eduardo Leite, no pronunciamento de sexta-feira, 05/03, quando também anunciou a suspensão da cogestão até este mesmo dia e a prorrogação das restrições de atividades entre 20h e 5h, até o final de março. No total, serão três semanas de medidas restritivas, em especial para o comércio não essencial e outros segmentos, para tentar conter o avanço do vírus e diminuir as internações nas unidades hospitalares.

Entre os segmentos que enfrenta as restições dos protocolos de bandeira preta está a dos profissionais liberais que atuam na área da beleza e estética. Neste sentido, um grupo com cerca de  500 profissionais que atuam em Marau, representados por Renata Matiasso, Odair De Castilhos, Nachani Machado, Renan Romanini e Marlei Pravato, reuniu-se com o prefeito, Iura Kurtz, e encaminhou uma carta ao Poder Executivo, como eles mesmos definem: "pedindo socorro. A classe é uma das mais afetadas pelos decretos estaduais e está impedida de atender a clientela, nem mesmo de forma individual e com cuidados sanitários necessários e preconizado pelos governantes, como ocorria antes da bandeira preta.

“Perante o Governo Federal nossa classe é essencial, decretado no ano passado. E agora somos classificados como não essenciais, não estamos entendendo essa incoerência. Vendo essa situação, tendo que fechar as portas, estamos sendo diretamente afetados. É o nosso trabalho para podermos viver de maneira digna, inclusive, pagando impostos, pois com tudo isso nem abatimento temos. Não queremos prejudicar ninguém, apenas queremos poder trabalhar de maneira digna e segura”, explicam os profissionais que lembram, ainda, que a categoria é classificada como segmento de estética porém, entendem que sua atuação ocorre também como higiene pessoal.

A classe afirma conhecer a situação de enfrentamento à Covid-19 e a gravidade da doença. Porém, destacam que os cuidados e esforços estão sendo tomados desde o início da pandemia e todas as regras estão sendo respeitadas pelos salões, barbearias e clínicas. “Sabemos muito bem como cuidar do nosso ambiente de trabalho”, afirmam. Os profissionais, que na grande maioria são Micro Empreendedores Individuais, enviaram uma nota para a emissora, onde ressaltam: “somos donos de salões de beleza e estéticas onde atendemos somente com hora marcada, totalmente personalizado, com distanciamento necessário. Estamos dispostos a nos adaptar no que for necessário para podermos trabalhar”. O grupo ainda sustenta que muitas pessoas estão se reunindo, aglomerando, "sem a menor preocupação e quem está pagando a conta somos nós, isso é injusto e cruel”.

Na carta apresentada ao Poder Executivo, eles reforçam o “pedido de socorro” dizendo: “olhem por nós, nos ajudem, ou muitos de nós verão o tão sonhado salão de beleza desabar. Só queremos trabalhar para podermos viver. Não somos um local de alta transmissão da doença.” O grupo está se mobilizando e deverão aumentar os manifestos também nas redes sociais. O asssunto será ampliado na programação da Tua Rádio Alvorada. Na próxima sexta-feira, às 13h, haverá entrevista sobre o tema no Programa No Ponto.

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