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Presidente do Samae explica os motivos do reabastecimento parcial nas regiões atendidas pelo Marrecas, em Caxias

por Daniel Lucas Rodrigues

À Tua Rádio São Francisco, Gilberto Meletti justifica que as fortes chuvas da última semana geraram muitos problemas no Sistema, o que dificulta trabalho de reativação total do fornecimento de água à população

Foto: Samae/Divulgação

Bairros da Zona Norte de Caxias do Sul são os que mais sofrem com a falta ou volta parcial do abastecimento de água nos últimos dias. Isso ocorre devido ao rompimento da adutora do Sistema Marrecas, localizada na Rota do Sol, próximo ao distrito de Vila Seca. Um deslizamento de terra, ocasionado pelas fortes chuvas na semana passada, comprometeu a estrutura e, consequentemente, o fornecimento de água para cerca de 20 localidades do município.

Desde então, o Samae enfrenta problemas para retomar o abastecimento total das regiões atendidas pelo Marrecas. À Tua Rádio São Francisco, o presidente do Samae, Gilberto Meletti, explica que o Sistema tem, ao todo, cerca de 30 km de extensão, o que demanda tempo para a água chegar até o Centro de Reservação, localizado no bairro Jardim das Hortênsias. Essa estrutura é responsável por abrigar reservatórios que levam a água até as regiões contempladas pelo Marrecas. Meletti afirma que como o Marrecas abastece aproximadamente 27% da cidade e passa por diversos processos de potabilidade até chegar às residências, a retomada do fornecimento é lenta e gradual.

Um dos motivos que colaborou para uma demora maior no reabastecimento, segundo Meletti, foi a constatação da chegada de água com lama até a ETA Morro Alegre, responsável pelo tratamento da água, devido à ruptura da adutora na Rota do Sol. Essa situação ocasionou em um longo trabalho de adequação para deixar a água própria para consumo.

Conforme o presidente do Samae, é obrigatório por lei entregar à população uma água com um certo índice de potabilidade, sem colocar à saúde das pessoas em risco. Isso fez com que o Marrecas atuasse com 50% da capacidade nesta semana, fornecendo apenas metade do que armazena de água potável aos bairros. Com o abastecimento parcial, a água não é distribuída de forma igualitária por conta da baixa pressão nos reservatórios.

Mais problemas

Outro cenário adverso foi a queda de energia elétrica no local, que deixou o Sistema inoperante por algumas horas, causando o reinício de todo o processo de tratamento da água. A alta demanda logo após o reabastecimento também gera falta de água, já que, em alguns momentos, o Centro de Reservação Jardim das Hortênsias fica com o nível baixo, fazendo com que algumas partes destes locais fiquem com pressão baixa na rede ou sem água.

Meletti coloca que estão sendo realizadas ações para mitigar a falta de água nas regiões afetadas, principalmente na Zona Norte. Caminhões-pipa passam diariamente nos bairros para fornecer água potável aos moradores. Nas redes sociais do Samae, há uma atualização diária das localidades pelas quais passará o veículo.

Ele ainda coloca que caminhões-pipa de grande armazenamento foram adquiridos pelo Samae. São três veículos desse porte (um advindo da Serra e dois de Santa Catarina, da cidade de Chapecó). Além disso, há a perspectiva de mais três caminhões-pipa desse tipo. Meletti explica que essa frota tem capacidade para abastecer as redes nos bairros, o que agilizaria a chegada de água potável às residências.

Conforme o Samae, o Marrecas voltou a operar com 100% da capacidade.  Mesmo assim, a autarquia ainda atua com caminhões para transportar água, visando amenizar os impactos na Zona Norte, que sofre com a falta de água.

Novas preocupações

A Prefeitura de Caxias do Sul trabalha com o risco de novos deslizamentos na região em que está localizada a adutora rompida do Sistema Marrecas. Como prevenção, o Município ergueu contenções provisórias para realizar o conserto da adutora.

Além disso, o Executivo busca a reconstrução da ponte entre os distritos de Fazenda Souza e Vila Seca para servir como uma alternativa no caso de um novo episódio de deslizamento. Também está em estudo um desvio de em torno de 450 metros da onde a adutora está atualmente localizada, mudando-a de posição para o outro lado da via.

Clique AQUI e confira a entrevista completa

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