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Programa evita perda de 9,7 bilhões de litros de água em três anos em Caxias do Sul

por Pablo Ribeiro

Substituições de redes e de hidrômetros e pesquisa de vazamentos noturna são as principais ações responsáveis por evitar o desperdício

Foto: Andréia Copini/Samae/Divulgação

Reduzir as perdas reais e aparentes na captação e distribuição de água é um dos trabalhos que foram intensificados pelo Samae em Caxias do Sul. Dentro do programa, uma série de ações foram implantadas, como a substituição de redes, troca de hidrômetros e a busca constante por vazamentos. Com esse trabalho, cerca de 9,7 bilhões de litros água deixaram de ser captados nos últimos três anos. Dessa forma, o Samae economizou, aproximadamente, R$ 43 milhões em tratamento.

Dentre as ações realizadas estão: instalação de novas válvulas reguladoras de pressão em pontos estratégicos; incremento de tecnologia na operação de equipamentos; estudos para otimização dos setores de abastecimento; otimização das pressões nas redes; combate às fraudes e furtos de água; substituição de hidrômetros; expansão da pesquisa ativa de vazamentos; substituição de tubulações antigas; e instalação de novos distritos de macromedição e controle.

As perdas de água nos sistemas de abastecimento correspondem à diferença entre o volume total de água produzido nas estações de tratamento e a soma dos volumes medidos nos hidrômetros instalados nos imóveis dos usuários. A média do volume de perda anual da autarquia vem em decrescente, sendo que em 2020 estava em 49,90% e, em 2021, 48,40%. Em 2022, o percentual baixou para 46,64%, sendo que no último trimestre a média ficou em 43,92%. Já no último ano, em novembro, a perda reduziu para 36,15%, menor registrado desde 2021, quando as ações começaram a se intensificar.

De acordo com o levantamento realizado, em 2020, as 5 ETAs (Samuara, Borges de Medeiros, Celeste Gobbato, Morro Alegre e Parque da Imprensa) produziram 1.409 litros de água por segundo. Em 2023, 1.346 L/s foram tratados. Observou-se que não houve redução no consumo, mas, mediante o trabalho feito, foi possível retirar menos água dos mananciais, em uma economia de 63 L/s. Em volume, esse número representa mais do que a vazão que sai da ETA Borges de Medeiros para abastecer a área Central da cidade que possui 1.948 ligações.

Nos últimos três anos, a Superintendência Comercial substituiu 55.787 hidrômetros que já estavam com mais de 5 anos de uso e apresentavam falhas na marcação do consumo.

A busca por vazamentos com uso de um equipamento chamado geofone, que identifica vazamentos ocultos no subsolo com ajuda do som, também vem contribuindo com a redução das perdas. A tecnologia é acompanhada do diálogo com a comunidade: a orientação dada à população é para que sempre entre em contato com a empresa tão logo um vazamento seja identificado.

O Samae prevê ainda para o primeiro trimestre deste ano, a instalação de novos equipamentos que contribuem na gestão de perdas evitando que haja desperdício durante reparos e manutenções.

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