Caso Bernardo: MPRS manifesta oposição a nulidade do júri que condenou Leandro Boldrini
O órgão também levantou recurso contra a pena aplicada ao médico
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) apresentou, nesta semana, uma manifestação de oposição ao novo pedido de nulidade, feito pela defesa de Leandro Boldrini. O pedido é referente ao processo em que o réu foi novamente condenado por ser o mentor da morte do próprio filho, Bernardo Uglione Boldrini, ocorrida em abril de 2014. O MPRS também levantou recurso contra a pena aplicada ao médico, por considerá-la “demasiadamente branda” devido às peculiaridades do caso.
Em relação à nulidade, a defesa apresentou publicações de um dos jurados, que foram lançadas na internet no auge da repercussão midiática do homicídio, cerca de 9 anos antes do julgamento. Esse mesmo jurado foi convocado, em juramento solene, a examinar a causa com imparcialidade e justiça. Os advogados de Boldrini sustentaram que isso comprometeria a validade do Conselho de Sentença como um todo.
Em publicação no site oficial do MPRS, o órgão apontou que: “As publicações alegadamente comprometedoras não versam sobre o processo em si, mas sobre notícias e eventos relacionados a ele”. O texto, também argumenta que considerando a época de comoção popular, “é natural que, dentre sete jurados da região de Três Passos, ao menos um ou mais deles já houvesse se pronunciado, na internet ou fora dela, sobre aspectos relacionados à divulgação do caso” e que “se o jurado se lembrasse das referidas publicações e estivesse imbuído de má-fé, com predisposição à condenação, certamente as teria apagado”
Para acessar a manifestação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, na íntegra, clique aqui.
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