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Feira Ecológica e do Agricultor: histórias ligadas com os pequenos produtores locais

Baixar Áudio por Daniel Lucas Rodrigues

Este é o primeiro episódio da série de reportagens especiais do Dia do Colono e do Motorista, comemorado no dia 25 de julho. Conheça a história das feiras e o cotidiano dos feirantes

Foto: Rodrigo Fischer/Tua Rádio São Francisco/Divulgação

(Para experiência completa, ouça a reportagem especial no “Ouvir Notícia”, disponível abaixo do título da matéria).

Esse é o ambiente do dia a dia de quem trabalha na Feira Ecológica, em Caxias do Sul. Criada em maio de 1998, ela funcionava no Largo da Estação Férrea, aos sábados, com cerca de cinco bancas vendendo seus produtos provenientes da agricultura familiar. Atualmente, os produtores possuem três dias da semana (nas quartas e quintas-feiras, além dos sábados) para comercializarem seus alimentos. São 24 bancas, que englobam agricultores também dos municípios de Antônio Prado, Bom Princípio, Feliz, Flores da Cunha, Ipê, Nova Petrópolis, Nova Roma do Sul, Montenegro e Torres.

Um dos participantes é Dervi José Brancher, 65 anos, natural de Caxias do Sul. Ele é um dos pioneiros da feira, presente no ano de 1997, quando foi realizado um teste de dois meses para experimentar o novo tipo de negócio. Depois disso, houve a oficialização pelo poder público. Sua vida inteira foi dedicada à agricultura familiar. Ele possui uma propriedade rural na localidade de São Giácomo da 9ª Légua, onde mora desde que nasceu. A esposa, Beatriz Lizzot Brancher, 58 anos, também de Caxias, o ajuda na venda dos produtos. Os dois atuam mais aos sábados, na Praça das Feiras. Moranga, bergamota e laranja são alguns alimentos fornecidos por eles. Dervi Brancher conta como entrou para a Feira Ecológica.

O diferencial desta feira é que os alimentos comercializados são produzidos sem insumos químicos e certificados pela Rede Ecovida de Certificação Participativa, cadastrada junto ao Ministério da Agricultura. É uma das obrigações para poder ser integrante. A avaliação é feita pela Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa), junto com os coordenadores da feira. Além disso, há todo um processo para receber novos produtores. O gerente de comercialização da pasta, Damito Caetano Paz Sartori, conta como é realizado este procedimento.

Feira do Agricultor

Outra feira bastante conhecida pelo caxiense é a Feira do Agricultor, a mais antiga da cidade. Ela foi criada no dia 23 de novembro de 1979, com a presença de 10 agricultores. O primeiro ponto foi na rua Hércules Galló, nos arredores do Estádio Alfredo Jaconi. Hoje, a feira conta com 134 pessoas, espalhadas em 35 pontos da cidade, cinco dias por semana, de terça a sábado. São duas categorias de feirantes: os produtores, que são a maioria, e os comerciantes. A primeira oferece frutas e legumes da região e da época de maior demanda. A segunda é os que não plantam, apenas revendem, oferecendo produtos que já não estão no período de safra ou que não são de Caxias.

Daniel Ricardo Vergani faz parte da primeira categoria. Nasceu no município caxiense, em 1978. Ele possui uma banca na Praça das Feiras, onde revende seus alimentos nas terças-feiras. A mãe, Maria de Lourdes Vergani, de 67 anos, o auxilia no local. De herança de seu avô por parte de pai, Daniel Vergani tem uma propriedade rural na localidade de São Valetim da 6ª Légua. Beterraba, uva e cenoura são alguns dos produtos trazidos pela família para vender ao longo do ano. Ele conta que sua banca foi uma das primeiras na feira.

A freguesia da família Vergani é grande. Iradi Alves, de 81 anos, é uma das clientes da banca. Como é período de inverno, ela foi comprar pinhão com os feirantes. Iradi mora no bairro Rio Branco, aproveita que a Praça das Feiras é perto, e vai sempre comprar alguns produtos no local. O preço baixo e a qualidade são algumas das justificativas para ela frequentar toda terça o espaço.

A Secretaria de Agricultura registra que a maior edição é a da Maesa, realizada aos sábados, das 6h às 10h. Cerca de 70 agricultores participam na data. A Feira do Agricultor ocorre até nos feriados. Os únicos em que não ocorre são no Natal (25/12), no Ano Novo (1/01) e na Sexta-feira Santa. Ela também conta com pessoas de fora de Caxias, como de Nova Petrópolis. Damito Caetano Paz Sartori explica mais essa parte.

Tanto para Dervi Brancher como para Daniel Vergani, as feiras possuem um legado familiar. Para Brancher, a Feira Ecológica é a oportunidade de trabalhar com a agroecologia, fornecendo alimentos orgânicos para a comunidade.

Vergani afirma que a Feira do Agricultor é importante para manter o sustento durante a pandemia.

Este foi o primeiro episódio da série de Reportagens Especiais do Dia do Colono e do Motorista aqui na São Francisco, que tem o patrocínio de Tratorpeças Mário – Revendedor Case, Tratores e Implementos – localizado na RST 453, Rota do Sol, KM 150, nº 21859 – contato pelo fone 9 999 2-0055.

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