De Bento Gonçalves a São Marcos. O Mapa das Finanças desta quarta-feira (06) desembarca na “Terra do Caminhoneiro”, cidade com 21 mil habitantes, distante 35 quilômetros ao norte de Caxias do Sul. Além de se destacar pelo setor de transportes, o município conta com uma forte indústria moveleira e metalmecânica e ostenta o título de maior produtor de alho nobre no Brasil.

Orçamento em queda, remédio amargo

Neste ano, no entanto, a economia de São Marcos sentiu o impacto da crise financeira. Pela primeira na história do município, o Orçamento caiu na comparação com o ano anterior. Se em 2015 a administração dispunha de R$ 64 milhões para investimentos, agora o montante caiu para R$ 63 milhões. E o remédio para driblar a falta de recursos é amargo. O prefeito Demétrio Lazaretti (PP) optou pelo corte de metade das secretarias (reduzidas de 12 para seis), controle de horas extras e refinanciamento de dívidas, com anistia de multas e juros.

Com menos dinheiro em caixa, a prefeitura também precisou diminuir o ritmo das obras. A distribuição de brita para as estradas do interior foi reduzida significativamente. Já os trabalhos de calçamento no perímetro urbano são realizados em parceria com os moradores.

Saúde, educação e funcionalismo: prioridades do momento

Lazaretti trabalha com duas metas principais para o ano: manter o pagamento do funcionalismo em dia e garantir o serviço de atendimento na saúde e educação. Juntas, as duas áreas prioritárias abocanham 56% da folha orçamentária, ou seja, um montante previsto de R$ 35 milhões.

Incerteza nas projeções

O prefeito de São Marcos mantém esperanças de que a situação financeira comece a melhorar nos próximos meses, mas admite que as projeções ainda são incertas. Para Demétrio Lazaretti, a saída é confiar na parceria com a comunidade e com os servidores para superar os obstáculos.

Na próxima reportagem, nós vamos conhecer o panorama financeiro do município de Farroupilha, o “Berço da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul”.