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Mapa das Finanças: Flores da Cunha aposta no corte de gastos para driblar “crescimento vegetativo” do Orçamento

por Ronaldo Velho Bueno

Com queda na arrecadação, prefeitura da “Terra do Galo” já anunciou corte de horas extras e verbas para obras de infraestrutura

Foto: Tatiana Cavagnolli/Divulgação

A Rádio São Francisco exibe a partir desta segunda-feira (4), nos programa Conectado (07h às 09h) e No Ponto (12h às 13h), a série de reportagens “Mapa das Finanças". O material, produzido pelo repórter Ronaldo Bueno, traça um panorama da situação econômica de municípios vizinhos de Caxias do Sul. Serão oito reportagens, contemplando Antônio Prado, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Nova Petrópolis e São Marcos. Em tempos de queda na arrecadação e de inflação batendo na casa dos dois dígitos, quais são as alternativas encontradas pelas prefeituras das cidades vizinhas?

Flores da Cunha

Iniciamos o nosso percurso por Flores da Cunha, município de 28 mil habitantes, distante 38 quilômetros ao norte de Caxias do Sul. A cidade se destaca por ser a maior produtora de vinhos do Brasil e o segundo polo moveleiro do estado, além de contar com uma grande produção de hortifrutigranjeiros e uma matriz industrial diversificada. De acordo com dados disponibilizados pela Secretaria da Fazenda do Município, o orçamento para este ano deve ficar em R$ 100 milhões. O cenário preocupa o prefeito Lídio Scortegagna (PMDB), que esperava um caixa mais folgado para administrar a “Terra do Galo”.

Saúde e educação

Para Scortegagna, o grande objetivo deste ano é manter o fluxo de caixa no positivo, mas sem comprometer a qualidade dos serviços de saúde e educação. O desafio é grande e não é diferente do encontrado em muitas cidades gaúchas. Com a diminuição e até atrasos nos repasses estaduais e federais, as prefeituras estão tendo que desembolsar mais dinheiro para garantir o serviço. Em Flores da Cunha, 30% do orçamento deste ano deve ficar na educação e 18% na saúde. Um montante de R$ 48 milhões.

Alternativas

Entre as alternativas para redução de custos, a prefeitura optou pelo corte de horas extras, cancelamento de viagens e diárias, além do bloqueio de verbas para algumas obras, como a conclusão da Casa da Cultura e a revitalização da principal avenida da cidade. O resultado foi uma economia na casa dos R$ 2,5 milhões no orçamento deste ano.

Na próxima reportagem, nós vamos conhecer o panorama financeiro do município de Bento Gonçalves, a segunda cidade mais populosa da região.

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