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Entenda como será realizado o estudo da Universidade Federal de Pelotas sobre Covid-19 em Caxias do Sul

Baixar Áudio por Rodrigo Fischer

Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, o professor titular do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da instituição, Aluísio Barros, detalha o passo a passo do processo

Foto: Reuters/Divulgação

Caxias do Sul foi uma das nove cidades gaúchas escolhidas para sediar um estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com apoio do Governo do Estado, sobre o novo coronavírus (Covid-19). O projeto terá apoio das universidades de cada município.

Por meio de testes rápidos, a ideia é contabilizar o percentual de infectados nos municípios a fim de trabalhar políticas públicas para o combate à doença. A pesquisa também auxiliará em determinações sobre o isolamento social e a retomada do cotidiano normal da comunidade.

Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, o professor titular do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel, Aluísio Barros, explica que foram selecionados os principais locais das sub-regiões do Rio Grande do Sul com o intuito de fornecer um maior panorama a respeito da velocidade de propagação do vírus e de sua evolução no estado.

Para se ter esse cenário, o processo será em quatro etapas: testes, questionários, coleta de dados e comparação de resultados. Os dois primeiros passos serão realizados simultaneamente, em lares escolhidos aleatoriamente. Segundo Barros, um entrevistador, devidamente identificado, contará quantas pessoas moram na residência. Um dos moradores será escolhido para realizar o exame.  “O teste é uma coisa muito simples, é um furo na ponta do dedo para coletar uma gota de sangue. Colocamos o material numa fita de teste e o resultado sai em torno de 15 minutos.”

Enquanto espera-se o laudo, o paciente responderá uma série de perguntas. Os questionamentos abordarão o perfil da pessoa, possíveis sintomas da Covid-19 nas últimas semanas e como a família lida com o distanciamento social. Os resultados serão divulgados até três dias após a obtenção das informações. “Caso o resultado dê positivo, a pessoa não precisa se preocupar, ela receberá um folder com orientações. Na maioria dos casos, a infecção é leve, ou seja, ela, provavelmente, passará o processo da doença sem maiores problemas, até porque esse tipo de teste dá positivo após 10 ou 12 dias do inicio dos sintomas. Quem está positivado, e não teve nada sério até esse momento, não desenvolverá complicações, seguramente.”.

O que está indefinido é o início do trabalho. De acordo com o pesquisador, a dificuldade está na aquisição dos equipamentos aos profissionais que farão a pesquisa. “Está muito difícil conseguir o material que precisamos. Os entrevistadores precisam para proteção deles, e da família, de avental, máscara, óculos de proteção e luvas. Estamos com dificuldades de conseguir a quantidade necessária desse tipo de equipamento, esperamos que nos próximos cinco dias, uma semana, no máximo, comece o levantamento de dados.”

A UFPel disponibilizará 18 mil testes rápidos para o estudo. Caxias do Sul contará com 1,5 mil exames, assim como Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Ijuí, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Lajeado e Porto Alegre, que participarão do processo.

CLIQUE AQUI e confira a entrevista completa concedida aos repórteres Rodrigo Fischer e Isadora Martins

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