Entidades estudantis do Brasil e do Rio Grande do Sul realizam, nesta terça-feira (05/11), protestos contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Em Caxias do Sul, os atos se concentram na Praça Dante Alighieri, a partir das 17h30min.

A manifestação pede pela resolução do caso Marielle Franco, que repercutiu nas últimas semanas por causa de uma denúncia que cita o atual presidente, além de ir contra a política do governo em relação às queimadas na Amazônia e ao vazamento de óleo que atingiu praias do Nordeste brasileiro. Um dos organizadores é a União Estadual dos Estudantes do Rio Grande do Sul. Conforme o vice-presidente do núcleo na Serra Gaúcha, Eduardo Neves, o protesto vem para mostrar os ataques de Jair Bolsonaro as universidades federais por conta do contingenciamento e a falsa superação da crise econômica, que foi prometida pelo líder do Executivo federal.

“Tiveram outros ataques como na educação, que mesmo devolvendo esse recurso, as universidades não vão conseguir aplicar esse dinheiro e vai voltar ao governo federal, que pode usar de justificativa para um novo corte de orçamento. A gente viu que o país não tem superado a crise, a fome voltar e a desigualdade social aumentar cada vez mais.”, critica.

Milhares na Praça Dante

A organização do evento ocorreu junto a União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que passaram em universidades e faculdades caxienses e conversaram com partidos políticos de diversos segmentos para estarem no protesto. A expectativa é que cerca de duas a três mil pessoas participem da ação. Para Neves, a mobilização mostra a revolta da sociedade referente aos atos do governo de Jair Bolsonaro.

“É um sentimento de revolta, mostra que a sociedade está indignada com uma reforma da previdência, uma falta de diálogo com a população pobre, que é maioria no nosso país, e os ataques na educação. Além disso, as retiradas de direitos da população brasileira, revoltada com o descaso no nosso país e noo meio ambiente. Essa revolta não é só minha ou dos meus colegas, é uma revolta geral que tem surtido efeito quando a sociedade está em conjunto.”, avalia.

A manifestação foi chamada pela UNE por meio de uma convocação às entidades neste ano. Em setembro, a UEE realizou uma assembleia geral com seus representantes para decidir sobre a adesão ao ato, assim como a UBES. O protesto está programado para ocorrer em todo o Brasil.

(Ouça as entrevistas no "Ouvir notícia" abaixo da manchete).