Simecs aponta queda de quase 30% na receita das empresas em 2015 em Caxias do Sul
Presidente considera situação fruto de uma economia caótica e sem fundamento
Os números do comportamento da indústria em Caxias do Sul foram divulgados nesta quinta-feira, 28-01, pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (SIMECS). A direção lamentou a situação da economia e, além disso, não traçou um cenário positivo para este ano.
Conforme os dados apresentados, 28,90% é a queda na receita das empresas do ramo em 2015. São 9,2 mil vagas de empregos que foram fechadas. Em dois anos, o número chega a 14,5 mil postos de trabalho extintos.
O economista e assessor de planejamento do sindicato, Rogério Gava, destacou que o faturamento das empresas foi o menor em 10 anos. O índice é de 40% a menos do que lucraria uma empresa há uma década. Para ele, os erros são na política econômica no Brasil. (Acompanhe em áudio)
O presidente da entidade, Getúlio Fonseca, chegou a se emocionar ao final da entrevista, concedida a jornalistas, por conta da situação das empresas. Antes, ele negou que a crise possa ser internacional. (Acompanhe em áudio)
Fonseca não deixou de mencionar o fechamento da Robertshaw. Para ele, a direção da organização não sabe onde fica Caxias do Sul e deve pensar que os índios ainda habitam a cidade.
Melhorias no BNDS - A nova informação que foi considerada positiva pelo Simecs é a de mudanças nos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS). Os projetos que serão apresentados poderão receber o aporte de até 80% neste ano. Fonseca afirmou que não sabe 'de onde o governo retirou o dinheiro' para a mudança, mas que ocorreu assim que o ministro Joaquim Levy deixou o ministério da Fazenda. Conforme Fonseca, um dos articuladores para as mudanças no BNDS foi o executivo da Marcopolo, José Antonio Fernandes Martins.
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