“Vamos superar o momento de crise”, defende Turra, durante o GAF 18
Marauense palestrou sobre a expansão agrícola motivada pelo consumo de proteína
Foto: Divulgação/Critério
A reversão da espiral negativa do setor foi a principal defesa do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal - ABPA, marauense Francisco Turra, durante sua apresentação no Global Agribusiness Forum (GAF), esta semana, em São Paulo. Palestrante no painel “O consumo de proteína direcionando a expansão agrícola”, o ex-ministro da Agricultura destacou uma mudança de postura setorial em relação aos problemas de imagem enfrentados nos últimos meses. Segundo ele, o Brasil aprendeu uma lição: de passar a defender o seu produtor e o seu produto.
Turra fez uma reflexão sobre o histórico do setor produtivo, que, ao longo de 40 anos, exportou mais de 60 milhões de toneladas de carne de frango e 9,3 milhões de toneladas de carne suína. Nunca foi registrado qualquer caso de questão de saúde pública vinculada aos produtos embarcados a 203 países nos cinco continentes. “Ao longo de quatro décadas, nós nunca tivemos problemas que envergonhassem o nosso setor”, destacou.
O presidente da ABPA ressaltou que problemas pontuais, tratados pela imprensa como situação generalizada, mostram a importância de uma reversão da postura brasileira em torno dos problemas internos. Conforme ele, os outros países não estão imunes a problemas. Francisco Turra mencionou os casos de salmonella nos Estados Unidos e de influenza aviária e problemas de qualidade na Europa.
“Eles não vendem para nós essas informações com a mesma ‘crueza’ que nós vendemos lá fora. Não chegam com a mesma intensidade que chegam as nossas notícias lá fora. Eu vi reproduzida no México a mesma manchete: ‘Brasil vende carne podre para o mundo’. Uma mentira, propagada. Mas é uma lição para nós, como nação, sobre a importância de se defender diante dessas inverdades”, salientou.
Em meio a uma profunda crise setorial, o presidente da ABPA listou os diferenciais competitivos como caminho para a retomada já que o Brasil segue como o líder no comércio internacional avícola, a frente inclusive da China. Turra também chamou atenção para a produção e exportação de carne suína, que se mantém em destaque, com abertura de novos mercados nos últimos anos.
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