Artista brasileira com Síndrome de Down é homenageada por escola de samba
Tathi Piancastelli, que já fez apresentações em Nova Iorque e na ONU, é tema do samba enredo de escola de samba amazonense
BRILHOU A LUZ DA SABEDORIA
PROFISSIONAIS DA MEDICINA
DESPERTAM UM NOVO BRILHO NO OLHAR (OI)
TATHY, ESTOU AQUI PRA TE APLAUDIR
ÈS À MENINA DOS MEUS OLHOS
QUE O MUNDO ENCANTOU (ENCANTOU)
AOS OLHOS DE DEUS
SOMOS IGUAIS, SER DIFERENTE É NORMAL
É TANTO AMOR PRA DAR
BASTA COMPREENDER ESPECIAL SOU EU VOCÊ
Este é um trecho do samba enredo da Escola de Samba Unidos do Alvorada para este ano de 2020. Intitulado “OI, EU ESTOU AQUI! ALVORADA COM UM CROMOSSOMO A MAIS MOSTRA QUE SER DIFERENTE É NORMAL!”, o samba enredo da escola que integra o grupo especial da cidade de Manaus, no estado brasileiro do Amazonas, foi inspirado na paulista Tathi Piancastelli Heiderich, 35 anos.
Tathi nasceu com a alteração genética Trissomia 21, mais conhecida como Síndrome de Down. Mas, a diferença não a impediu de ir em busca de seus sonhos e de gerir a sua própria vida. Hoje Tathi é atriz, influenciadora digital e viaja o mundo em busca de mais realizações na sua carreira artística. Em sua passagem por Caxias do Sul, nesta semana, ela conversou com a jornalista Beverli Rocha, durante o programa Temática, e salientou que é preciso ir em busca dos próprios objetivos: “Dos meus sonhos vou atrás, ninguém pode me impedir”.
Foi essa força de vontade que inspirou a escola de samba amazonense a fazer seu desfile que vai contar a história da origem da síndrome, a causa e o quanto pessoas com essa condição genética sofreram e sofrem com o preconceito com o objetivo de despertar na sociedade a necessidade do respeito com as diferenças. Como explica a representante da Comunidade Down Caxias, Tania Mara da Rocha, o projeto “OI, EU ESTOU AQUI!” foi criado pela própria Tathi, para justamente mostrar para as pessoas que quem tem a síndrome pode e deve viver como qualquer outro. Ela também explica omo a história de Tathi chegou até uma escola de samba em Manaus: “As associações de Síndrome de Down existem basicamente em todos os lugares, em Manaus também tem. Então a escola já fez algumas coisas em parceria com a associação lá em Manaus e foi através disso que o projeto da Tathi foi conhecido. O projeto “Oi, Eu Estou Aqui!” é conhecido. Quem já deu uma olhada no projeto se impacta com a iniciativa que é da Tathi e que deu a largada para todo esse trabalho”.
“O meu samba não tem preconceito, ele pede respeito e inclusão par viver”. É nesse ritmo de Carnaval que a história de Tathi, que passou fronteiras e está ajudando a mudar a vida de muitas pessoas que tem a Síndrome de Down será contada no sambódromo, no próximo dia 22 de fevereiro, acompanhada do enredo:
OH! MEU DEUS
OBRIGADO PELO DOM DA VIDA
SOU A IMAGEM E SEMELHANÇA
PORTADOR DA ESPERANÇA
A MAIS PURA ALQUIMIA
FUI ABANDONADO, LUTEI O QUE PUDE
POR IGNORÂNCIA MEDIEVAL
MAS NA TERRA
O MILAGRE SE ESPALHOU
OUTRORA DIVINO
ENTIDADE SAGRADA E ANGELICAL
EM UMA SÓ VOZ EU CANTO
UM GESTO DE AMOR EU CLAMO
ESSA VIRTUDE QUE TRAGO NO CORAÇÃO
É O CROMOSSOMA E A SUPERAÇÃO
BRILHOU A LUZ DA SABEDORIA
PROFISSIONAIS DA MEDICINA
DESPERTAM UM NOVO BRILHO NO OLHAR (OI)
TATHY, ESTOU AQUI PRA TE APLAUDIR
ÈS À MENINA DOS MEUS OLHOS
QUE O MUNDO ENCANTOU (ENCANTOU)
AOS OLHOS DE DEUS
SOMOS IGUAIS, SER DIFERENTE É NORMAL
É TANTO AMOR PRA DAR
BASTA COMPREENDER ESPECIAL SOU EU VOCÊ
LIBERDADE PRA SONHAR
IGUALDADE EM CADA SER
O MEU SAMBA NÃO TEM PRECONCEITO
ELE PEDE RESPEITO E INCLUSÃO PRA VIVER
LIBERDADE PRA SONHAR
IGUALDADE EM CADA SER
ALVORADA NÃO TEM PRECONCEITO
SÓ PEDE RESPEITO E INCLUSÃO PRA VIVER
Para saber mais sobre a história de Tathi, ouça a entrevista completa AQUI.
Comentários