Chegando com mais uma edição do Claquete o programete que trás as melhores indicações de cinema pra você curtir ai no conforto da tua casa. E a nossa dica é uma cinebiografia de época, original Netflix dirigida pelo mega diretor David Fincher e trata-se de "Mank". 

A história tumultuosa de Herman J. Mankiewicz, roteirista da obra-prima icônica de Orson Welles, "Cidadão Kane", sua luta contra a política pragmática do cinema e a batalha contra Welles pelo crédito do texto do grandioso longa.

"Mank", é magistral. Quando mencionarmos esse filme não podemos esquecer do nível de didatismo que David Fincher conseguiu atingir dirigindo essa obra. O roteiro de seu pai Jack Fincher saiu lá na década de 90, mas devido a alguns infortúnios o longa só conseguiu sair este ano em parceria com os estúdios da Netflix. E podemos agradecer, pois o tempo de maturação que o filme teve só agiu para torná-lo uma obra de arte ainda melhor. Todo filmado em preto e branco, traz uma beleza nas imagens que junto à narrativa encaixadinha do roteiro nos faz preencher aquela lacuna da falta de um bom longa narrando a história do cinema. Político, instrutivo e pesado na maioria das vezes, "Mank", mesclou toda a nostalgia da visita a “Cidadão Kane” com a importância do fã de cinema saber das maracutaias políticas das grandes indústrias cinematográficas lá da metade do século passado. Fora isso, não dá pra deixar de comentar que Gary Oldman entregou um Herman Mank irredutível, quase sem falhas, e pra nós meros habitantes do século XXI que nem conhecemos o roteirista, nos fez familiar e até se identificar com a persona. Palmas a Lily Collins e Amanda Seyfried que não são excelentes atrizes mas que atingiram seus objetivos em um longa repleto de dificuldades visuais. Eu recomendo muito esse filme pro pessoal que quer ver a história sendo escrita. E já aviso de imediato, que para preparar-se mais para “Mank” assistir a obra de Orson Welles “Cidadão Kane” é indispensável. Curte lá!