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Associação Mão Amiga quer tornar prédio abandonado do antigo INSS, em Caxias, lar para idosos

por Pablo Ribeiro

Projeto que autoriza cedência do imóvel à associação foi protocolado na Câmara de Vereadores

Foto: Petter Campagna Kunrath/Prefeitura de Caixas do Sul/Divulgação

O prédio que sediava o antigo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), localizado no final da Rua Pinheiro Machado, no bairro Cinquentenário, em Caxias do Sul, pode se tornar uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). O Projeto de Lei que autoriza cessão de uso de bem público municipal ao Mão Amiga foi protocolado pela Prefeitura na Câmara de Vereadores, na última sexta-feira (22).

No início de 2017 o imóvel foi doado ao Município pela União, então proprietária do prédio, com a exigência de ser utilizado para atendimento à saúde e à assistência social. A Associação Mão Amiga manifestou interesse em realizar no prédio as obras e melhorias necessárias para a implantação de uma casa de idosos. A entidade também se responsabilizará pela manutenção do serviço e das instalações. A cessão de uso será válida por 20 anos, podendo ser prorrogada por igual período.

Conforme o idealizador do Projeto Mão Amiga, Frei Jaime Bettega, as solicitações para uma vaga em casas de acolhimento para idosos são muito elevadas. No Lar da Velhice São Francisco de Assis, por exemplo, onde Frei Jaime faz parte da diretoria e é assistente espiritual, a fila de espera é grande. Por esse motivo, o Mão Amiga vem, há algum tempo, negociando através da Fundação de Assistência Social (FAS) a cedência de um prédio por parte da prefeitura. “O Mão Amiga daria um jeito com eventos e promoções para recuperar esse prédio e adaptá-lo para a finalidade de uma instituição de longa permanência para idosos. Vendo a estrutura e, depois da avaliação feita pela prefeitura, vimos que é possível recuperar esse prédio, pois ele está em boas condições. Agora, nós dependemos da Câmara de Vereadores”, diz o Frei Jaime.

As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI’s) recebem idosos com diferentes necessidades e graus de dependência e devem garantir a convivência com familiares e amigos, de acordo com a avaliação da equipe técnica. Também precisam proporcionar o acesso às atividades culturais, educativas, lúdicas e de lazer na comunidade. Segundo Frei Jaime, a casa de acolhimento deve entrar em funcionamento até outubro de 2020, com capacidade para abrigar 100 idosos. O nome deverá ser Recanto da Compaixão Frei Salvador, em homenagem ao Frei Salvador Pinzetta, que atuou em Flores da Cunha, e está com o processo de canonização em andamento. Frei Jaime destaca que a situação dos idosos deve ser vista com atenção e compaixão. “Se não for nesse prédio do INSS, nós iremos em busca de outra alternativa. A lacuna quanto ao atendimento e ao cuidado aos idosos que estão em situação de vulnerabilidade, nem sempre é olhada com atenção e compaixão, isto é, com o desejo de dar uma resposta a tantos idosos que precisam de um lar e de cuidados”.

O prédio foi construído na década de 1960 e está desocupado desde 2011, quando foi encerrado o contrato de aluguel firmado entre o Município e a União. A propriedade do espaço foi revertida ao Município no início de 2017, com o local já depredado e sem diversas estruturas metálicas e portas, retiradas por vândalos. São três pavimentos que acompanham o desnível do terreno, sendo composto por subsolo, pavimento intermediário e pavimento térreo, num total de 2.773 metros quadrados. O imóvel é avaliado em R$ 4 milhões.

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