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Entenda o trabalho de prevenção no Santa Catarina, o bairro mais afetado pela Covid-19 em Caxias

Baixar Áudio por Daniel Lucas Rodrigues

Localidade registra 11 infectados. Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, o líder comunitário, Jones Perin, conta como a comunidade enfrenta a doença e as ações em prol dos moradores

Foto: Paróquia Santa Catarina/Divulgação

Santa Catarina é o bairro mais atingido pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em Caxias do Sul. De acordo com o último balanço do Painel Covid-19 da Prefeitura, atualizado até às 20h de quarta-feira (13/05), a localidade possui 11 moradores infectados, com sete recuperados, quatro ativos e nenhum óbito. Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, o presidente da Associação de Moradores do local (Amob), Jones Perin, fornece um panorama de como está o enfretamento da doença pela comunidade.

Uma das ações do líder comunitário é dialogar sobre os perigos da Covid-19, a importância de ficar em casa e da proteção contra o vírus. Os avisos ocorrem pelo grupo de WhatsApp dos moradores, os quais são responsáveis por propagar a informação aos que saem do isolamento social para ir ao trabalho ou realizar os afazeres domésticos.

“Inclusive, nos estabelecimentos tenho conversado com os proprietários de mercados grandes e pequenos, visualizo que há toda uma preocupação. A pessoa chega ao espaço e sempre há um rapaz com álcool em gel para desinfetar os carrinhos e limpar as mãos dos clientes. O cuidado é muito grande.”, completa.

A associação estima que o bairro possua cerca de 130 residentes. Perin afirma que uma parcela são famílias em vulnerabilidade social, prejudicadas em seus rendimentos pelo avanço do coronavírus na cidade. Para ajudar parte dessas pessoas, a entidade trabalha em duas frentes. A primeira está na arrecadação de alimentos nos supermercados do Santa Catarina, angariados com a ajuda dos próprios moradores. As doações são destinadas para a campanha “Caxias do Amor”, realizada pelo Banco de Alimentos e a Mitra Diocesana. A iniciativa tem voluntários que montam cestas básicas a fim de distribuir para quem mais necessita. Segundo ele, muitos moradores foram auxiliados.

“Temos também o mutirão das “Senhoras Solidárias”, que já confeccionaram, acredito, mais de 10 mil máscaras. Foram feitas doações para as pessoas mais carentes, nas casas delas. Muitas vezes, trocamos uma máscara por um quilo de alimento para ajudar as famílias.”, explica.

Perin ainda aborda que o bairro está dividido em relação à proteção contra a Covid-19. Muitos sabem dos perigos do contágio desenfreado da doença, mas outros deixam de usar as máscaras e higienizar as mãos regularmente.

Clique na aba “Ouvir Notícia” e confira a entrevista concedida aos repórteres Rodrigo Fischer e Isadora Martins.

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