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Campanha arrecada fundos para gaúcho paraplégico tentar tratamento inovador nos EUA

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

Marcelo Turchetti precisa de R$ 80 mil para se manter por seis meses no país e se submeter a um experimento que promete devolver a mobilidade

Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal

Falta pouco para o relações públicas e mestre em Administração, Marcelo Turchetti, poder ter a chance de uma qualidade de vida melhor. Basta aumentar a corrente de solidariedade quem vem mobilizando muitas pessoas em prol de alguém que tem a esperança de voltar a ter a mobilidade dos membros inferiores.

Marcelo, de 42 anos, é paraplégico, mas destacou durante entrevista no programa Temática, desta segunda-feira (13), que a história nem sempre foi assim: “Até 2009 eu era uma pessoa normal como qualquer um; fazia tudo, me divertia, saia. E em 2009, quando me acidentei, foi um super choque porque a gente vê pessoas ficando tetraplégicas ou paraplégicas e a gente nunca se imagina nessa situação”.

Após o acidente que lhe tirou a mobilidade da parte inferior do corpo, Marcelo não desistiu e apostou na ciência para ter uma nova chance de andar. Ele iniciou uma busca incessante na internet por artigos e pesquisas nos mais diversos países que pudessem lhe indicar uma alternativa de cura. E encontrou. Em outubro de 2018 ele iniciou um contato com a Universidade de Louisville, nos Estados Unidos (EUA), que realiza pesquisas para reabilitação de pessoas paraplégicas e tetraplégicas. “Eu fiz a inscrição e, pra minha surpresa, duas semanas depois eu recebi um email de uma enfermeira e de uma assistente social da Universidade perguntando se eu tinha interesse em participar do programa. Eu já tinha visto no site deles as pesquisas e os resultados positivos que eles vinham tendo, então, eu não pensei duas vezes em ‘entrar de cabeça’ nessa oportunidade. E ficou confirmado que eu preciso estar lá em abril de 2020”, contou.   

Por questões de sigilo, a Universidade não divulga informações sobre os participantes, nem se Marcelo é o primeiro brasileiro selecionado para o experimento. Mas, o tratamento consiste em uma aplicação de gel de testosterona, mais estímulos elétricos na parte onde há a perda da mobilidade. Caso o procedimento tenha eficácia, não só Marcelo, mas muitas pessoas com lesão medular poderão ganhar qualidade de vida.

O tratamento é custeado pela Universidade por conta da pesquisa, porém, os custos de vida não. “Eu preciso morar seis meses nos Estados Unidos que é o tempo do tratamento, mas como vou me sustentar lá? Meus pais são aposentados, eu sou aposentado por invalidez pelo INSS. O meu salário é uma quantia boa, mas não me permite sobreviver nos EUA. Então eu comecei a fazer as contas com o pessoal da Universidade e a gente chegou a um montante de US$ 3 mil por mês de custos lá. Isso dividido em aluguel, alimentação, transporte, remédios, plano de saúde e algum custo extra. Multiplicando isso por seis meses dá US$ 18 mil, convertendo dá R$ 80 mil. E R$ 80 mil não tenho como conseguir de forma alguma”.        

E é aí que entra a solidariedade. Conversando com amigos, Marcelo ganhou mais uma ponta de esperança. Cerca de 60 pessoas se uniram por meio de um grupo de WhatsApp com o objetivo de divulgar a campanha para arrecadar os R$ 80 mil para Marcelo até fevereiro, quando ele precisa comprovar a quantia junto ao consulado americano e conseguir o visto para viajar. Além desse grupo que está mobilizado com a meta de cada integrante arrecadar R$ 2 mil, também há uma vaquinha virtual para angariar a verba. Segundo Marcelo, unindo todas as fontes de arrecadação, já são R$ 40 mil em doações, ou seja, metade da meta.

Para quem quiser ajudar Marcelo a conseguir os outros R$ 40 mil que faltam para completar o valor, é possível fazer a doação de diversas formas.
 

- Depósito Bancário:

Banco Nubank (260)

Agência 0001

Conta 180978-2

CPF 730.361.290-49
 

- Pela vaquinha virtual através do link:

https://www.catarse.me/marceloturchetti?ref=project_link
 

- Compartilhando a campanha nas redes sociais.

Marcelo ainda destaca a necessidade de fazer a tentativa de tratamento, não só para tentar voltar a andar, mas para recuperar a saúde: “Não caminhar é o menor dos meus problemas. Eu penso mais na qualidade de vida mesmo, é ter menos infecções urinárias, é poder tomar banho de pé, é ter menos possibilidade de contrair úlcera de pressão em um ponto de contato do osso com a cama, porque com a circulação sanguínea isso melhora. Eu penso muito mais nisso do que no fato de voltar a caminhar”.

Ouça a notícia no link acima da foto.

Ouça a entrevista completa AQUI.

Saiba mais sobre Marcelo AQUI.

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