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'É preciso pensar em políticas de permanência e integração de imigrantes refugiados', diz cônsul honorária do Senegal no RS

por Pablo Ribeiro

Reginete Souza Bispo anunciou no início desta semana a abertura de um consulado do país africano no estado para prestar assistência a imigrantes

A busca por uma nova vida. Esse é um dos principais objetivos de muitos imigrantes italianos e alemães que chegaram ao Rio Grande do Sul, a partir do século XIX. Entre as décadas de 1970 e 1980, o Estado começou a receber pessoas de diversas nacionalidades da América Latina, muitas delas fugindo de ditaduras. E agora, no século XXI, uma nova leva de imigrantes, vindos principalmente do Haiti e do Senegal chegam ao RS com o mesmo objeto: construir uma nova vida.

Com uma área um pouco menor que o estado do Paraná, o Senegal alcançou a independência apenas em 1960. O país foi colonizado pela França ainda no século XIX. A disputa europeia por colônias africanas dissolveu tribos, levou o conflito ao continente. As marcas das interferências bélicas ou políticas se revelam até hoje, fazendo com que muitos senegaleses deixem seu país de origem. Diante deste cenário, os imigrantes senegaleses residentes no Rio Grande do Sul vão poder contar com um departamento oficial do seu país em Porto Alegre. A abertura de um consulado foi anunciada formalmente pela cônsul honorária do Senegal no Estado, Reginete Souza Bispo. O comunicado aconteceu em encontro com o governador José Ivo Sartori, no Palácio Piratini, nesta segunda-feira (26).

Em entrevista ao programa Conectado, da Tua Rádio, na manhã desta quinta-feira (01), Reginete Bispo explicou que o consulado será uma área de orientação e assistência aos imigrantes que residem no território gaúcho.

Reginete Bispo atua nos movimentos sociais há mais de 30 anos. A representação política que defende é pautada no combate ao racismo, no respeito aos direitos humanos, no acesso à cidadania plena para todos. Para ela, é preciso pensar em políticas de proteção, acolhimento e adaptação a imigrantes e refugiados.

De acordo com Reginete Bispo, estima-se que, aproximadamente, sete mil imigrantes senegaleses residem no Rio Grande do Sul, sendo que os principais núcleos com maior concentração é Passo Fundo, Caxias do Sul e Porto Alegre.

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