"O comum não é mais o lugar da gente", diz ex-presidente da ABPA, ao incentivar a diversidade rural
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Foto: Reprodução/Dinheiro Rural
Há cerca de 15 dias, o marauense Francisco Turra deixou a presidência da ABPA - Associação Brasileira de Proteína Animal. Desde então, passou a atuar no conselho consultivo da entidade e a liderar uma nova iniciativa: Turra – Consultoria em Agronegócio. Significa que, paralelamente, o marauense apoiará de forma institucional o novo presidente da associação, Ricardo Santin, e autará como palestrante em eventos, conversando, num primeiro momento, sobre o que será do agronegócio no pós-pandemia.
Em entrevista para a Tua Rádio Alvorada, nesta segunda-feira, 31/08, ele respondeu parte deste questionamento: o que vem pela frente, no setor primário? Segundo o ex-ministro, o rural está ganhando um novo significado. Turra revela que durante estes meses de enfrentamento a Covid-19, pôde-se perceber em vários países do mundo, um retorno ao meio rural, na expectativa de uma vida mais tranquila. Essa tendência, segundo ele, também se revela no Brasil.
"Hoje em dia, o interior está mais valorizado do que nunca. E o mais importante, antigamente se tinha a ideia de que agricultura era produzir soja, milho. Tudo bem, é muito importante. Mas hoje em dia tem gente que com a produção de lúpulo fica feliz e ganha dinheiro. O mel está ganhando muito espaço. As pessoas tem que se especializar, incentivar o filho a estudar. O comum não é mais o lugar da gente", diz ele.
O agronegócio, como defende Turra, não tem tamanho de propriedade. O que precisa é visão, criatividade, conhecimento e gestão. Ele cita o exemplo da cidade de Holambra, em São Paulo, polo da produção brasileira de flores, que nos primeiros seis meses deste ano, aumentou em 30% a sua produção e também a exportação. A entrevista, na íntegra está disponível no box de podcast.
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