A Emater é a única Instituição a classificar toda a cevada produzida no Rio Grande do Sul. Há poucos dias foi analisada a milésima das 3.500 amostras esperadas para até o final da safra e, segundo Gilceu Cippolat, gerente de Classificação e Certificação da Emater a qualidade do produto é excelente.

A classificação da cevada iniciou ainda no dia 24 de outubro, devendo encerrar no próximo dia 15 de janeiro, e é realizada por 20 técnicos classificadores na Ambev de Passo Fundo. Com uma área de 37.500 hectares de cultivo e uma produtividade estimada em 3.237 kg/ha, o RS deve produzir 121.236 toneladas, o que deve gerar uma supersafra de cevada.

E o melhor: não se descartam alterações positivas nessa estimativa, visto que os resultados da colheita ainda estão em andamento, porém, a classificação e a qualidade têm sido os grandes diferenciais. As regiões com maior destaque são Frederico Westphalen, onde a colheita está praticamente encerrada, Ijuí, com 80% das lavouras colhidas e produtividade de 3.000 a 4.000 quilos por hectare, e Soledade, onde a produtividade em muitas lavouras chega a 4.800 quilos por hectare.

A Emater presta serviços de classificação à Ambev há 21 anos, analisando itens como matéria estranha e impurezas, umidade e proteína, realizando testes de micotoxina e calculando o poder germinativo do produto. Após todo esse processo a cevada é encaminhada aos armazéns da Pradozem, maior empresa da América Latina em armazenagem de grãos, onde é segregada por silo conforme sua qualidade.

Essa cevada classificada é encaminhada para as cervejarias, a fim de serem maltadas e repassadas para a produção de cervejas. Para que seja maltada, a cevada deve ter 95% de poder germinativo, caso contrário, é utilizada para rações. O serviço de classificação prestado pela Emater possui rastreabilidade em todo o processo, desde a produção do grão, e certificações internacionais, que atestam sua qualidade.