Jesus de Nazaré percorreu os povoados da Palestina anunciando a Boa Nova com e por palavras. Da mesma forma, ensinou aos discípulos, ao grupo de seguidores, às pessoas e comunidades. Criou a Igreja com a missão de proclamar sua Palavra a todos. Na sucessão dos apóstolos, os papas dão continuidade a essa tarefa. Hoje, Francisco tem cumprido essa missão e manifesta sabedoria em seus pronunciamentos e em suas posições como pontífice da Igreja. Cabe, à Igreja e aos católicos, seguir os ensinamentos e assumirem as diretrizes que o pontífice aponta.

A sociedade atual vive segundo os critérios sociológicos e as motivações antropocêntricas. Porém, o carisma e o estilo de vida do Papa Francisco tem chamado a atenção de todos. Na cultura secular vê-se o desejo de banir os valores da civilização cristã católica que desde remoto tempo conduziu a história e influenciou positivamente as pessoas. Na contramão desta sociedade de consumo, de esbanjamentos e supérfluos, o estilo de vida do Papa Francisco tem feito adeptos e simpatizantes. Por conseguinte, seus ensinamentos e suas posições religiosas, humanas, morais, sociais, econômicas, ecológicas, não se distanciam de sua forma de viver o Evangelho na simplicidade.

Muito em razão disto, suas palavras são amplamente divulgadas pelos meios de comunicação e nas redes sociais. Em setembro, na visita a um Centro Caritativo dos Estados Unidos, convocou a nação mais poderosa do mundo a praticar mais a fraternidade e a caridade aos sem-teto, excluídos e marginalizados. Na mesma época, na visita às famílias na Filadélfia o papa alertou que a sociedade cresce forte, boa, formosa e verdadeira se é edificada sobre a base da família e contrapôs-se ao modelo de famílias que não sejam constituídas a partir de um homem e uma mulher.

Hoje nota-se que o mundo espera seus pronunciamentos, suas palavras e seus movimentos como pontífice. Ainda na Filadélfia, no encontro com as vítimas de abusos sexuais, não teve medo de expressar seu sentimento: “Continuo a cobrir-me de vergonha porque pessoas que tinham sob a sua responsabilidade os cuidados de menores os violaram e lhes causaram graves danos. Deus chora profundamente. Comprometo-me por uma zelante vigilância da Igreja para proteger os menores e prometo que todos os responsáveis prestarão contas”.

Em Roma, junto aos líderes dos movimentos populares, afirma: “Insisto e digamo-lo sem medo: queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estruturas. Este sistema é insuportável: não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos. E nem sequer o suporta a Terra, a irmã Mãe Terra”. Presumo que sua doutrina será assimilada além-muros católicos e cristãos. Acompanhem no artigo seguinte sobre as viagens do Papa Francisco às nações.