Fragmentos de um passado esquecido
Passado que jamais vai ser esquecido porque está ali presente, no dia a dia, na reconstrução da vida, que se arrasta entre momentos do ontem e do hoje, no que se tornou ou na transformação que viu em si se efetivar.
Demarcando espaço, o passado preso na garganta permanece, esperando uma ressignificação, firmando fronteiras ou simplesmente saboreando o fluir dos acontecimentos.
Fingindo-se esquecido ele se mantém amarrado nas fantasias de não estar presente. Confirma a sua existência pelo mal resolvido que carrega e pela amargura que deixa espalhada no ar.
É necessário construí-lo interiormente na renovação, na busca por um caminho, nos registros que se efetivaram, na visão ampliada que perpassa, nos fragmentos que embalam para uma nova jornada.
As raízes seguem ali a estruturar ou a derrubar o ser, em constante transformação, passando infinitamente, pelo presente e solidificando um passado que permanece vivo em sí.
Assim, olhou para todos os tempos, se fez presente, se apropriou de tudo que pôde carregar e seguiu adiante.
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