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Polícia Civil desarticula grupo especializado no tráfico de crack e cocaína para cidades da Serra Gaúcha

por Daniel Lucas Rodrigues

Organização atuava em Caxias do Sul e Ipê. Após dois anos de investigação, órgão deflagrou a Operação D2D nesta terça-feira (09/07)

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Uma ação realizada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), desarticulou um grupo especializado no tráfico de cocaína e crack para as cidades de Caxias do Sul e Ipê, na Serra Gaúcha. Nesta terça-feira (09/07), o órgão deflagrou a Operação D2D, destinada ao combate à lavagem de dinheiro realizada por essa organização criminosa. Duas pessoas foram presas em flagrante, e ainda houve a apreensão de drogas.

A operação é resultado de dois anos de investigações da Polícia Civil, que culminou na desarticulação financeira desse grupo que distribuía entorpecentes para as duas cidades serrana. Conforme a Draco, o principal objetivo da Operação D2D foi descapitalizar a organização, que há anos atuava de forma discreta, atendendo a uma clientela selecionada.

Ainda foram cumpridos sete mandados de busca, sendo um em Porto Alegre, um em Alvorada e cinco em Caxias do Sul, nos bairros São Pelegrino, Centro, Floresta, Fátima e Rio Branco. Quatro imóveis foram sequestrados, sendo três localizados em Caxias (bairros Nossa Senhora de Lourdes, Exposição e Floresta) e um na cidade de Alvorada.

Além disso, quatro veículos utilizados pelos criminosos foram sequestrados e 62 contas bancárias bloqueadas. O patrimônio sequestrado e bloqueado representa um prejuízo estimado em 4 milhões de reais à estrutura financeira do grupo.

A investigação da Polícia Civil

Ao longo dos dois anos, foram presos dois homens e uma mulher, todos integrantes do grupo criminoso e quatro quilos de drogas apreendidos. As autoridades apreenderam cocaína, crack e maconha, além de documentos relevantes para o andamento do procedimento investigativo.

Ao todo, oito pessoas foram investigadas, das quais cinco são da mesma família. A investigação mostrou que, com os lucros da venda de drogas, o grupo adquiria imóveis na serra gaúcha e no litoral com dinheiro em espécie e os revendia pouco tempo depois por valores mais altos, executando manobras financeiras com intuito de ludibriar os órgãos fiscalizadores.

A ação de hoje mobilizou 40 policiais civis e contou com o apoio operacional das delegacias da 8º Região Policial e do Departamento Estadual de Investigações Criminais.

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