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Covid-19 aumenta índice de mortalidade materna no RS

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

Em todo o ano passado foram registrados 44 óbitos de gestantes e puérperas para cada 100 mil nascimentos. Nos cinco primeiros meses deste ano, já são 40 mortes de mulheres.

Foto: Divulgação / Agência Brasil

A mortalidade de gestantes e puérperas – que são as mulheres nos primeiros 45 dias pós-parto – aumentou de forma expressiva no Rio Grande do Sul. Após uma decrescente no número de óbitos maternos nos últimos três anos, em que o RS se aproximou do índice de 30 óbitos de mães para cada 100 mil nascimentos, o Estado voltou a ter uma alta expressiva da mortalidade.

“Em todo o ano passado, 44 mulheres morreram durante a gestação ou no puerpério para cada 100 mil nascimentos. Neste ano, nesses cinco primeiros meses, nós já temos 40 mortes, relacionadas apenas ao Covid. Então, a projeção é de que a gente se aproxime de 100 mortes neste ano, se as coisas continuarem como estão”, explicou o médico neonatologista e membro do Núcleo de Monitoramento da Mortalidade Secretaria Estadual da Saúde, Paulo Sérgio da Silva Mário.

O especialista destacou durante entrevista à Tua Rádio São Francisco que as gestantes e puérperas precisam redobrar os cuidados diante da pandemia: “O risco delas é muito maior do que a população em geral. O risco de um brasileiro morrer por covid hoje é de 2% a 3%. O risco de uma gestante é pelo menos três vezes maior do que isso, para uma puérpera o risco é de 5 a 6 vezes maior. Esse é um período especial de muita atenção que as gestantes e puérperas precisam se afastar de pessoas com sintomas, manter o uso da máscara, higienização frequente das mãos. Se houver suspeita de familiar doente não deve ser, de modo algum, a grávida ou a puérpera que deve cuidar dessa pessoa”.

Mário também salientou que as gestantes e puérperas devem buscar a vacinação contra a Covid-19 com os imunizantes indicados. “A única alternativa pra gente diminuir o número de mortes maternas é a vacinação das gestantes. A própria Sociedade de Ginecologia do Rio Grande do Sul também se posicionou nesse sentido, de vacinar todas as gestantes assim que seja possível”, disse.

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