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"Temos condições de montar uma unidade temporária de terapia intensiva"

por Ana Lúcia Jacomini

Afirmação é do diretor do HCR de Marau

Estamos recebendo dezenas de mensagens perguntando sobre a quantidade de leitos disponíveis no Hospital Cristo Redentor de Marau. Muitas pessoas estão preocupadas com a chance de aumento no número de casos de Covid-19 e na possibilidade de haver casos graves. Hoje, Marau possui um caso confirmado e a pessoa está internada em Passo Fundo. No vizinho município - considerado referência regional na área de saúde, os atendimentos ocorrem no Hospital São Vicente de Paulo e no Hospital de Clínicas.

Bem, o HCR não possui leitos ativos em Unidade de Terapia Intensiva – UTI. É por isso que os casos de maior gravidade – não só de coronavírus mas em outras situações de gravidade, os pacientes são encaminhados para Passo Fundo. Porém, a casa de saúde marauense já tem montados dois leitos similares à terapia intensiva, com isolamento e respiradores. Estes dois espaços fazem parte do plano de contingência do HCR, voltado a pandemia de coronavírus. Ou seja, poderão se usados tranquilamente, em caso de necessidade.

De acordo com o diretor do Hospital Cristo Redentor de Marau, Marcelo Borghetti, a instituição tem condições de instalar, em um ou dois dias, uma unidade temporária de terapia intensiva com até nove leitos. Ainda de acordo com o plano de contingência do HCR - elaborado por uma equipe de profissionais do hospital, em caso de um cenário de descontrole e de falta de leitos, no caso de um cenário extremo de casos na região, esta unidade temporária pode ser acionada.

Nos últimos dias, o HCR tem sido foco de uma série de ações solidárias. Entidades realizam campanhas de arrecadação de materiais de trabalho, como luvas e máscaras, e também, para arrecadar alimentos para a casa de saúde. Empresários da cidade criaram um desafio, nas redes sociais, para motivar doações em dinheiro. Grandes empresas, como a GSI por exemplo, utilizou a legislação do Imposto de Renda e repassou R$ 100 mil para o hospital.

CENTRAL DE LEITOS

Outra pergunta que recebemos nestes últimos dias diz respeito ao fato de um idoso de Marau ter sido atendido na UTI do Hospital Nossa Senhora da Oliveira, de Vacaria. Ele faleceu na semana passada e seu exame de Covid 19 foi divulgado no final de semana, com resultado negativo.

Quando as internações ocorrem pelo SUS - Sistema Único de Saúde, existe o sistema de regulação de vagas. No Rio Grande do Sul, é a Secretaria Estadual da Saúde que realiza a regulação do acesso aos leitos de UTI Neonatal, Pediátrica e Adulta, por meio de uma central no Complexo Estadual Regulador. A central recebe a solicitação de uma vaga de UTI a partir do médico assistente de hospital que não possui leitos de terapia intensiva ou não dispõe de vaga no momento.

A equipe médica da central classifica o risco, através de informações sobre as condições clínicas, exames complementares e diagnóstico médico, e procura, na rede do SUS, pelo serviço que atenda as necessidades do paciente. Identificada a vaga, o leito é reservado e disponibilizado ao hospital solicitante. Prioriza-se a proximidade geográfica ou a especialidade, porém, não havendo a possibilidade, o paciente é encaminhado para onde houver vaga.

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