O Hospital Pompéia segue com as cirurgias cardíacas eletivas suspensas. A medida foi tomada pelo comitê interno da entidade, instalado para acompanhar os reflexos da greve dos caminhoneiros que, hoje, chega ao nono dia. O Hospital Pompéia faz de 12 a 15 cirurgias cardíacas, por mês.

“É uma medida preventiva com o intuito de evitarmos que possa vir a faltar (insumos)”, disse o diretor do Hospital Pompéia, Francisco Ferrer, em entrevista ao programa Conectado, na manhã dessa terça-feira (29).

Ouça a entrevista completa no podcast, ao lado.

Ainda de acordo com o diretor, o hospital já teve de mudar horários de atendimento no setor de oncologia por causa de atraso no recebimento de medicamentos necessários aos procedimentos de radioterapia e quimioterapia.

A alimentação dos pacientes, familiares e funcionários está mantida, segundo Ferrer, mas há preocupação com o transporte dos funcionários. Por isso, o hospital alterou as escalas: de seis para doze horas. “A partir de amanhã (quarta-feira), nós estaremos funcionando com o mesmo número de funcionários, mas prolongando as horas durante o dia, de forma transitória, para evitar essa questão de troca de plantão e eventuais atrasos”, disse.

O Hospital Pompéia também não descarta a possibilidade de enviar carros da instituição para buscar funcionários em casa, já que o combustível que chegou à Caxias do Sul, no começo da semana, vai abastecer apenas veículos oficiais (das áreas da saúde e segurança pública, prioritariamente).